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Itapira, 19 de Abril de 2024
Artigo
21/11/2012 | Luiz Santos: A Evangelização da Cidade

 “Não tenha medo, continue falando e não fique calado, pois estou com você...

porque tenho muita gente nesta cidade.” (At 18.10).

O mundo urbano constitui o grande desafio para a tarefa da Igreja em nossos dias. Urbanidade e civilidade não são exatamente a mesma coisa. Nem sempre uma cidade apesar de grande e desenvolvida anda em compasso com o processo civilizatório. Alguns missiólogos e teólogos afirmam que os grandes centros urbanos fazem parte do plano de Deus nos últimos tempos para dar cumprimento à tarefa da Grande Comissão. Reunindo o maior número possível de pessoas num mesmo lugar para que mais gente possa ouvir o chamado para o Evangelho.

As cidades são mosaicos humanos. Nos grandes centros estão representadas as mais variadas etnias, uma gama enorme de credos, religiões, filosofias e sistemas de vida. Também as grandes mazelas humanas são colocadas na vitrine: violência, prostituição, opressão, vícios, degradação moral, pobreza indigna e aviltante, desumanização generalizada. Mais que desafios, mais que um diagnóstico simplista, a lista supracitada se configura como uma porta aberta, como um campo de excepcionais oportunidades para o testemunho de Cristo e o anúncio do Evangelho. E isto não é uma novidade dos nossos dias.

A Igreja nasce urbana, o Evangelho serve-se das grandes cidades no início de sua proclamação para espalhar a verdade. Jerusalém, Antioquia, Éfeso, Atenas e Roma são os centros difusores da obra missionária na Igreja primitiva. Estas cidades eram centros religiosos, políticos, comerciais, culturais e etc. Nestas cidades eram decididos os rumos da sociedade humana. Ali, Paulo, Pedro, Barnabé, Apolo, Priscila e Áquila e tantos outros realizaram o seu ministério.

Com os maravilhosos avanços da tecnologia, urbanidade deixou de ser uma questão de densidade demográfica e extensão territorial. Urbanidade tem a ver agora com mentalidade, estilo de vida, visão de mundo. As cidades menores apresentam hoje muito das mesmas dificuldades dos grandes centros. Violência, tráfico de drogas, falta de saneamento básico e às vezes tudo isso acompanhado da falta de recursos para as áreas de saúde, educação, emprego e etc., contudo, o estilo de vida e o padrão cultural são os mesmos das cidades maiores.

A Igreja local é a chave para um ministério eficaz na cidade. A Igreja local reúne as condições necessárias para uma boa estratégia de missão urbana:

1. É uma comunidade estável e inserida no contexto. As pessoas que a frequentam convivem e estão inseridas no contexto cultural “extra ecclesia”. Moram, se locomovem, trabalham, estudam e são necessariamente atingidas pelas demandas da cidade.

2. É uma comunidade em permanente formação e contínuo treinamento. Seus membros são equipados a cada semana e enviados com poder espiritual a cada semana para o serviço do Evangelho no mundo. Seus membros são formados e informados à luz da Palavra de Deus para responder aos reclames de suas experiências na sociedade.

3. É uma comunidade estruturada e vocacionada para o serviço. Estão conscientes de que não foram salvos para si mesmos e que suas estruturas, como edifícios, recursos e etc., não possuem fim em si mesmo. Fomos chamados para fora do mundo e uma vez purificados e santificados, fomos devolvidos ao mundo para servi-lo com o Evangelho, numa nova ética, com um novo estilo de vida, com outra visão e compreensão da totalidade da vida.

4. É uma comunidade de homens e mulheres engajados na justiça do Reino. Homens e mulheres que são comissionados para levar o Evangelho às estruturas fundamentais da sociedade, que se inserem na política, nos fóruns de elaboração e reinvindicação de políticas públicas e desenvolvimento social. Que levam o fermento do Evangelho para o mundo do trabalho, da universidade e da cultura.

5. É uma comunidade profética, que se alinha ao lado dos fracos, dos vulneráveis, dos sem vez e sem voz. É uma comunidade samaritana que se debruça sobre o homem caído, ferido, vilipendiado para socorrê-lo em suas necessidades imediatas. É uma comunidade libertadora, que oferece para além do imediato, o discipulado amoroso, sistemático, que abranja toda a existência humana a fim de devolver a dignidade humana e a liberdade de filho de Deus.

Enfim, a Igreja local deve colocar-se sempre na escuta diligente da Palavra de Deus e na leitura atenta dos sinais dos tempos para reconhecer qual é a Missão comissionada por seu Senhor em sua concretude histórica.

Que a Igreja Presbiteriana Central de Itapira (IPCI) seja uma comunidade em estado permanente de Missão Integral.

Rev. Luiz Fernando

Pastor da IPCI

Fonte: Luiz Santos

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