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Itapira, 28 de Mar�o de 2024
Artigo
27/09/2019 | Luiz Santos: A vontade de Deus

Também exortamos vocês, irmãos, a que admoestem os que vivem de forma desordenada, consolem os desanimados, amparem os fracos e sejam pacientes com todos. Tenham cuidado para que ninguém retribua aos outros mal por mal; pelo contrário, procurem sempre o bem uns dos outros e o bem de todos. Estejam sempre alegres. Orem sem cessar.  Em tudo, deem graças, porque esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. (1Tes 5.14-18)


Descobrir qual é a vontade de Deus é alguma coisa que muitos de nós passamos a vida nos perguntando. Discernir como o Senhor deseja que respondamos a Ele de maneira concreta, onde, quando, por quanto tempo e com quem, não é uma tarefa das mais fáceis. Não estou falando apenas de chamados vocacionais muito específicos, como pastores, missionários ou profissões. Falo do propósito da vida em si, de qualquer pessoa e sua realização histórica no fazimento da vontade de Deus para a sua vida. Evidentemente que o sentido e o escopo da vida de todo homem é viver para o louvor da glória do Deus Eterno. Isso nós o sabemos mesmo que a nossa leitura bíblica não seja das mais acuradas e profundas. Mas, como somos pessoas singulares e dentro de nossa condição comum de criaturas e especiais de filhos adotivos do Pai, há espaço suficiente para a nossa individualidade, exclusividade e peculiaridade. É dentro desse espaço que acontece o nosso chamado para uma vida toda nossa, com o ‘ineditismo’ da nossa pessoa. Então, para cada pessoa, há também um jeito próprio de se viver para o agrado de Deus e a participação na sua missão. E como é possível discernir, descobrir qual é essa vontade? Aqui uma série de atitudes podem jogar luz em nossa mente e aquecer o nosso coração tornando as coisas mais claras. O primeiro passo é fazer uma espécie de inventário dos dons e talentos que supomos possuir. Nossos dons espirituais (conhecer as listas do Novo Testamento pode ajudar) e nossos talentos naturais podem nos ajudar no início do discernimento pessoal. Os dons e talentos indicam como o Senhor deseja servir-se de nossa vida e ao mesmo tempo apontam como podemos nos realizar e ter mais pleno o sentido de nossa existência. Conhecer-nos é um momento decisivo e do qual dependerá mais tarde as grandes decisões. O segundo passo indispensável é o cultivo da amizade e intimidade com Deus. Esse companheirismo deve ser desejado e buscado numa vida de diálogo e numa atitude de escuta atenta pela vida de oração. Sem oração e abertura do coração nessa relação de gratuidade, pouco ou nada do que o Senhor quer nos revelar à alma se torna possível. O terceiro passo é o conhecimento e o estudo do drama da redenção na história bíblica. Conhecer as narrativas, os personagens bíblicos e suas interações com o Senhor nos fornecem o padrão do agir de Deus, do seu chamado, o modo como Ele equipa com graça e a maneira como ele indica o caminho a seguir, o endereço da nossa obediência. A leitura inteligente e proveitosa das Escrituras é fundamental para conhecer a mente do Senhor. O quarto passo é a convivência assídua na comunidade de fé, a participação operosa no serviço aos irmãos e o empenho nas causas justas dos pobres e vulneráveis. Envolver-nos é um bom método para testar-nos e descobrir as nossas inclinações. O quinto passo é pedir o conselho e mesmo a mentoria de irmãos mais velhos e experimentados na fé. Homens e mulheres sábios podem nos fazer ver as coisas sob novas perspectivas, novas cores e novos parâmetros para comparação e avaliação. Desenvolver amizades com companheiros de jugo e buscar o auxílio de “pais” espirituais pode proporcionar segurança para a tomada de grandes decisões. O sexto passo, e paro por aqui, ler boas biografias pode inspirar-nos, pode desafiar quanto aos nossos padrões ou levar-nos a abandonar expectativas ilusórias a respeito de nós mesmos e dos nossos sonhos. Levar para a vida como companheiro de jornada um mestre do passado, por exemplo, Agostinho, Jonathan Edward, Martyn Lloyd-Jones, etc., torna a caminhada mais prazerosa e mais cativante. Discernir a vontade de Deus é uma arte, é uma realidade simples e complexa ao mesmo tempo, mas não é impossível.  Como vimos até aqui, a assistência do Espírito Santo e a providência geral do Pai nos dão os meios conducentes pelos quais o querer de Deus são revelados a nós.

 

 

Reverendo Luiz Fernando é Ministro da Palavra e dos Sacramentos na Igreja Presbiteriana Central de Itapira

 

Fonte: Luiz Santos

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