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Itapira, 24 de Abril de 2024
Artigo
17/06/2015 | Luiz Santos: Ainda sobre a Parada Gay

 Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei” (1 Pe 2.17).

É sabido de todos as cenas lamentáveis que chocaram muitos setores do cristianismo protagonizados durante a parada gay. As cenas são tão fortes que se fosse uma produção cinematográfica seriam classificadas como para maiores de 18 anos. E tudo, pasmem, aconteceu à luz do dia para quem quisesse ver, gostasse ou não. Evidentemente que os católicos romanos têm mais motivos que nós protestantes para manifestar a sua indignação, uma vez que pouco ou quase nada nos identificamos com os símbolos ali vilipendiados, o que aliás, é crime no Brasil, salvo melhor juízo. Todavia, temos algo a dizer a respeito porque somos capazes de ver no futuro o que ainda pode vir por aí.

Primeiro, quero dizer que nós os cristãos não somos homofóbicos, não saímos por aí, à luz do dia, em nossos encontros de oração, cruzadas evangelísticas, campanhas missionárias queimando bandeiras arco-íris, destruindo insígnias do movimento LGBT, ou quebrando CDs do Elton John. Nunca fazemos um discurso do tipo ‘linchamento moral’ e nem atacamos as pessoas envolvidas com a causa ou com a orientação sexual. Também não usamos a grande mídia para propagar nossa tão propalada homofobia. Ah, e é claro, não estamos aumentando as vendas de Bíblias com comerciais de TV com qualquer mensagem subliminar ou clara contra o movimento.

Em segundo lugar, temos o sacratíssimo direito de divergir, de ter uma opinião clara a respeito do assunto e de emiti-la, sempre dentro dos limites da decência, do civilizado, do ético e mesmo dos contornos da lei, coisa que não foram registradas nem de longe pelas cenas grotescas da semana retrasada em São Paulo.

Em terceiro, defendemos o direito dos Homossexuais de expressarem os seus sentimentos, os seus reclamos, as suas angústias existenciais. Defendemos o direito de que eles se organizem e queiram se proteger naquilo em que se sentem ameaçados. Contudo, nos opomos veementemente a qualquer tentativa de cercear a nossa liberdade de crença e de opinião. Opomo-nos a qualquer tentativa de fazer deste movimento uma cultura generalizada e tutelada pelo Estado, de maneira especial, na questão da Ideologia de Gênero.

Não aceitamos absolutamente que seja transferida para o Estado a tarefa da orientação, educação e também da definição quanto ao sexo de uma criança. Nossos filhos são nossa responsabilidade e nossa missão e devem ser educados conforme cremos e segundo os valores que possuímos. Dentre esses valores estão o respeito à vida, a diversidade cultural, religiosa e política. Queremos que nossos filhos sejam formados com um caráter semelhante ao de Cristo que nunca deixou de falar a verdade, fazer o bem, amar os pecadores e convidá-los graciosa e gentilmente para uma vida nova e feliz.

Continuaremos, ainda que a justiça deste mundo decaído nos ameace e impeça, afirmando que não há outra opção sexual para os padrões bíblicos do que homem e mulher. Continuaremos defendo a família tradicional, esta mesmo nas quais e pelas quais, nasceram os mesmos homossexuais que parecem querer destruí-la. Continuaremos a afirmar que tanto héteros quanto homossexuais se encontram em uma situação desesperadora e terrível até que venham a Cristo e sejam salvos por ele.

Não cremos e nunca ensinamos que os homossexuais são mais pecadores ou mais terrivelmente pecadores do qualquer outro homem e mulher que se mantenham numa relação heterossexual comum e normal (normalidade para nós é o que a Bíblia estabelece como norma). Afirmamos sim que qualquer um que tenha ouvido a mensagem do Evangelho e tenha sido regenerado há de conformar a sua vida aos padrões das Escrituras e ter como medida de ética, moral e humanidade o Senhor Jesus Cristo.

Quarto, quanto àquela pessoa que encenou a crucifixão querendo comparar o seu sofrimento com o de Cristo no calvário, bom, nem preciso dizer que esta pessoa sofre e padece seja lá o que for por culpa própria. Suas opções a crucificam. Já o nosso santíssimo e bendito salvador sofreu sem nada dever. Aquela pessoa quis chamar a atenção para os seus direitos enquanto o nosso amorável Jesus morreu na cruz por pecadores como eu e também como ela. É isso mesmo, morreu por pessoas como ela que um dia zombariam d’Ele. Como fez Bernardo de Clairvaux em seus dias e Calvino no Século XVI, ainda que nenhum mal real possa ser feito ao nosso Bendito Redentor, não podemos deixar de ladrar, como cães de guarda, sempre que o perigo rondar a nossa tenda!

Reverendo Luiz Fernando É Ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil em Itapira

Fonte: Luiz Santos

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