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Itapira, 18 de Abril de 2024
Artigo
17/08/2022 | Luiz Santos: Até que Ele volte

A igreja vive em compasso de espera desde o dia da Ascensão de Jesus aos céus. Aguardamos o seu retorno glorioso sobre as nuvens, quando em glória e rodeado de seus anjos e na companhia dos santos que nos precederam, vier buscar a igreja militante (e ao mesmo tempo padecente nesse mundo caído). Entretanto, essa espera não deve e não pode significar um estado de paralisia, letargia ou contemplação vazia. Tão pouco deve provocar em nós ansiedade, alarmismo e pânico. A promessa da volta de Jesus Cristo tem a função primária de comunicar paz e serenidade à alma, não seremos abandonados. Ao mesmo tempo, enche-nos de ânimo tendo em vista que uma das razões pelas quais estamos aqui é justamente preparar essa volta, que além de não ser ilusória, tão pouco tardará. Esse tempo entre a Ascensão e a Parusia é o tempo do Espírito, o tempo da igreja e o tempo da missão. O Espírito Santo tem a função de unir a igreja à missão do Pai e levar a igreja inteira à obediência missionária. Essa missão da igreja (missões) não tem o poder de ‘adiantar’ a volta de Jesus, como muitas vezes se insinua em certas campanhas de mobilização missionária, mas serve em primeiro lugar para preparar essa vinda, isto é, convidando a todos que esperem para a chegada do Rei. Em segundo, serve também para ‘medir’ a que ‘distância’ estamos da iminência dessa chegada, quando os povos tiverem tido a oportunidade de ouvir o solene anúncio das Boas Novas e a rejeição a esse anúncio atingir o seu clímax pela operação do erro e da mentira do príncipe deste século, então saberemos que Ele, Jesus, estará às portas. A missão da igreja revela a sua índole e natureza escatológicas. A igreja está irreversivelmente vocacionada para ‘sair’ deste mundo e ser transferida para o Reino definitivo, que desde agora, sob o véu do ‘já e ainda não’ ela o experimenta e anuncia de maneira quase sacramental. Então, porque sabemos que o nosso Rei voltará, não é uma possibilidade, mas de fato regressará em poder e majestade, somos encorajados, ao nosso modo e sob uma nova perspectiva, a assumir o mesmo papel de João Batista, preparar os caminhos para o Senhor e aplainar as veredas para que Ele venha ao encontro de sua noiva enquanto pressurosa ela caminha em sua direção orando, jejuando, consagrando, pregando, fazendo o bem, amando, santificando e testemunhando as suas excelências diante da criação inteira. A missão (as missões) nos lembra que ninguém será ‘deixado para trás’, devemos buscar até o último homem, chamando-o exteriormente pela pregação no Evangelho na descansada esperança de que o Espírito o chame interiormente. Oferecendo-lhe um vibrante e comprometido testemunho do transformador amor de Cristo através das boas obras, na exultante expectativa de que o Espírito Santo provocará em seu coração o desejo da salvação. Nesse ‘tempo intermediário’ entre a Ascensão e a Parusia, cabe a igreja e a ninguém mais fazer todos os preparativos para que o Rei da glória retorne e encontre todos os seus súditos reunidos, trajando as vestes adequadas para o cortejo e o banquete real: “Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas [...] Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes. E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados” (Mateus 22.8-10); vestes lavadas com sangue: “Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7.14) e ornamentada com as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Nos assentaremos com os nossos irmãos que nos precederam na mesma missão um dia: “(...) muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus” (Mateus 8.11), e então, estaremos para sempre com o Senhor. Até que esse dia chegue, cantemos com alegria o hino: “Vamos nós trabalhar, somos servos de Deus e o Mestre seguir no caminho aos céus! Com o seu bom conselho o vigor renovar e fazer diligentes o que Ele ordenar. No labor, com fervor A servir a Jesus Com esperança e fé, e com oração até que volte o Senhor. Vamos nós trabalhar e os famintos fartar! Para a fonte os sedentos com pressa levar! Só na cruz do Senhor nossa glória será Pois Jesus salvação graciosa nos dá! Vamos nós trabalhar, muito trabalho há! Que o reino das trevas desfeito será. Mas o nome exaltado terá Jeová, pois Jesus salvação graciosa nos dá! Vamos nós trabalhar, ajudados por Deus! Que a coroa e vestes nos dá lá nos céus! A mansão dos fiéis nossa certa será, pois Jesus salvação sempiterna nos dá! (Hinário Novo Cântico – HNC 315). E mãos à obra!

Reverendo Luiz Fernando Dos Santos é Ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil

Fonte: Luiz Santos

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