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Itapira, 23 de Abril de 2024
Artigo
29/06/2012 | Luiz Santos: Day After

 “Com alegria e singeleza de coração...”. (At 2. 46 b).

Estamos vivendo os dias seguintes às comemorações de nossos 138 anos. Precisamos fazer o nosso balanço e a nossa prospecção à luz de tudo que ouvimos e vivemos nestes dias. A primeira coisa que devemos aprender é a primeira lição tiramos da personalidade do pregador convidado.

Aos oitenta e dois anos de idade, o Reverendo Elbén Magalhães Lenz César é o exemplo de encantamento por Cristo e seu Evangelho, de paixão pelas missões e pela evangelização. Pelo senso de urgência em ganhar vidas para o Senhorio de Cristo. Aos oitenta e dois anos, por ele fomos cativados e desafiados à leitura equilibrada, disciplinada, submissa e proveitosa das Escrituras. Fomos cativados e desafiados a manter uma íntima e contínua comunhão com Deus por meio de uma vida devocional sincera, regular e agradável.

Ainda está vivo em nossa memória o sermão de sábado à noite fundamentado no Salmo 38. Aprendemos a ser humildes e honestos diante de Deus em nossa oração. Aprendemos a nos apresentar diante do Senhor sem rodeios, sem justificativas, sem subterfúgios. Aprendemos a escancarar a nossa situação e a clamar por nossa condição decaída, enferma e muitas vezes desesperada aos cuidados paternais e amorosos de Deus.

Na Escola Bíblica Dominical fomos apresentados à Europa pós-cristã, conhecemos o que levou aquele continente a apostasia e ao abandono da fé em Cristo. Ouvimos outra vez o apelo de “passar à Macedônia” e o grito ensurdecedor de que a Europa precisa de Jesus agora, já! Fomos desafiados a nos comprometer afetiva e efetivamente com missões àqueles que nos apresentaram à salvação e que agora padecem sem Cristo.

Domingo, no culto solene, vimos os estágios da personalidade e a instabilidade do humor de Pedro. Afeito aos extremos, Pedro foi surpreendido e caiu por conta de sua ingenuidade, caiu por fiar-se em justiça própria, caiu porque era covarde. Aprendemos ainda que se não fosse restaurado por Cristo e se não voltasse ao primeiro amor, sofreria até o último dia de seus dias de “Galofobia”, isto é, sempre que o galo cantasse sua consciência o aguilhoaria com a lembrança amarga de seus pecados.

Começamos, pois, a escrever mais um ano, mais um capítulo de nossa história e caminhamos a passos firmes e decididos para os 140 anos. As lições destes dias de festa e celebração devem dar novo impulso e novo ardor missionário, evangelístico e ministerial à nossa Igreja. Não temos o direito de nos sentirmos cansados e prostrados por coisas poucas. Não podemos permitir que nossa vaidade e nosso orgulho ferido nos impeçam de crescer em Cristo e crescer no compromisso com a obra. Existem coisas mais urgentes e mais importantes que a satisfação de nosso ego. Não podemos nos dar o luxo da autocomiseração. Pelo contrário, existem realidades mais clamorosas, vidas condenadas à perdição por não conhecerem e não receberem a Cristo como seu único e suficiente salvador. Não temos mais legitimidade para fazer pirraça, dar “pitís” e cultivar ressentimentos amargos, pois afinal, nós não fomos chamados para sermos servidos, mas para servir, dar a nossa vida. A vida Cristã não é uma plataforma de privilégios, mas uma arena de combate. Não é uma vocação hedonista, mas um chamado ao martírio.

Nos dias que se seguem ao aniversário da IPCI oro a Deus para que eu e você nos apeguemos aos essenciais de nossa fé, que nos apeguemos com fidelidade às Escrituras, que nos apresentemos com espírito voluntário e generoso para o serviço. Que ninguém aqui esteja atrás de reconhecimento e glória pessoal, o que seria vanglória, glória vã.  Desejemos lavar os pés uns dos outros. Desejemos amar não de palavras, mas com gestos concretos. Coloquemos em prática a obediência à Grande Comissão e ao Grande Mandamento. E em tudo vivamos o amor fraterno na comunidade para que o mundo creia em Jesus e venha pela obediência da fé a ter a vida eterna. Vivamos com simplicidade o Evangelho puro e simples.

Reverendo Luiz Fernando

Pastor mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira

Fonte: Luiz Santos

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