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Itapira, 29 de Mar�o de 2024
Artigo
04/12/2019 | Luiz Santos: Dia da Bíblia

Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários cristãos evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP)”. Esse breve relato histórico foi extraído do site da Sociedade Bíblica do Brasil. A nobre causa do Bispo Cranmer de levar o povo cristão a interceder em favor da prática da leitura da Bíblia por todos os homens ainda permanece válida e, na verdade, muito mais necessária hoje. Vivemos dias difíceis e confusos. A Escritura Sagrada como autoridade máxima em matéria de fé e conduta (prática, moralidade) já não é recebida por todos e em muitos casos, nem mesmo dentro de muitas das nossas comunidades cristãs. O primado do subjetivismo, do experiencialismo e do relativismo, bem como os ataques ideológicos e filosóficos que pretendem acabar com qualquer vestígio de nossa herança judaico-cristã, se esforçam para retirar a Palavra de Deus do contexto da vida da nossa sociedade. E tudo isso acontece justamente em um tempo que o acesso às Escrituras é praticamente universal. Nunca se editou, traduziu, publicou e foram vendidas tantas Bíblias como em nossos dias. Existem centenas de aplicativos e plataformas digitais que disponibilizam o texto sagrado, sem impedimento, para que o acesso seja possível em qualquer lugar, sem ocupar espaço, inclusive, e com recursos quase inimagináveis. Mesmo assim, a igreja e a sociedade se ressentem da ausência da influência das Escrituras. Como podemos celebrar bem e dignamente essa data tão significativa para os cristãos? Nada seria mais honroso se começássemos por nossas casas, por nossas famílias. Deveríamos recuperar o lugar de primazia da Palavra de Deus nas conversas e também no culto doméstico. Deveríamos dedicar algum tempo para a leitura familiar das Escrituras e a meditação em conjunto dela. Faríamos bem se voltássemos ao Livro Santo na hora da devida educação sexual dos filhos, quanto ao propósito original, as diferenças funcionais e missionais e a devida complementariedade do homem e da mulher, bem como regular o matrimônio pelas exigências e bênçãos asseguradas na Bíblia. Usar da sabedoria contida na Palavra do Eterno para educar, corrigir, admoestar, censurar os nossos filhos, bem como ensinar-lhes os virtuosos caminhos que Deus tem para o homem, tão maravilhosamente esculpidos no texto sagrado. Uma outra maneira de celebrar essa data tão alvissareira é a devida recuperação da Bíblia como livro-texto das nossas liturgias, a substância formal e material do culto público. Nada seria mais abençoador para a Igreja se cantássemos as Escrituras literalmente, nos Salmos, na Lei, nos textos cristológicos do AT, nos textos cristológicos do NT e também, claro, cantar os atributos do criador e sua obra da criação. Deveríamos ser mais criteriosos com os hinos e cânticos espirituais, nunca deveríamos usar apenas os critérios estéticos ou sensoriais para escolher o que cantamos. O critério deveria ser a ‘conformidade com o padrão Bíblico’. Isto é, se o que cantamos reflete com fidelidade o ensino geral da Palavra de Deus. Claro e evidente que o outro inevitável passo concreto é o de nos assegurar que a nossa Igreja ensina e aprende o que está nas Escrituras, subjugando, ressignificando, refutando e corrigindo qualquer que seja a nossa tradição eclesiástica ou teológica. Onde a Bíblia não é pregada com fidelidade não há o porquê chamar os membros daquela comunidade de fiéis. A Bíblia deve ser o livro-texto, fundamental e normativo da educação cristã e teológica em nossas igrejas. E por último, celebraremos bem esse dia divulgando maciçamente a Palavra de Deus em meio a sociedade e isso de três maneira básicas e irrenunciáveis: 1.  Vivendo vidas dignas da Palavra e por ela pautadas; 2. Falando explicitamente do conteúdo Bíblico e deixar que o nosso vocabulário, bem como as nossas categorias mentais reflitam uma mente saturada da Bíblia; 3. “Derramando”, espalhando muitos exemplares das Sagradas Escrituras onde houver grandes concentrações, nos lugares públicos, pelas casas, escolas, hospitais e etc. Celebremos o Dia da Bíblia com corações gratos e vida comprometidas com a Palavra da verdade.

Reverendo Luiz Fernando é Ministro da Palavra na Igreja presbiteriana Central de Itapira

 

Fonte: Luiz Santos

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