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Itapira, 28 de Mar�o de 2024
Artigo
15/08/2017 | Luiz Santos: Duas tarefas e poucos operários

A Igreja de Cristo está a todo tempo envolvida com duas tarefas em pleno andamento e ainda não acabadas. Uma tarefa ela recebeu desde os seus inícios apostólicos. A tarefa de ir até os confins da Terra levando o Evangelho de Jesus Cristo paro o testemunho às nações. É necessário que todos os homens ouçam a pregação e o chamado ao arrependimento e que recebam em nome de Jesus Cristo o perdão e a vida eterna. Essa é uma tarefa que já avançamos muito, sobremaneira, nos últimos dois séculos. O movimento missionário é, pala graça de Deus, uma verdade nas igrejas mais jovens, aquelas usualmente chamadas do terceiro mundo ou do centro sul do planeta. As igrejas nascidas das missões na América Latina, África e Ásia estão respondendo ao chamado missionário e muitas delas dando de sua pobreza, enviando homens e mulheres ao redor do planeta para testemunharem do amor de Cristo. Mas, estamos longe de alcançar a meta proposta por nosso Mestre e Senhor. Ainda existem povos e nações inteiras alienadas de Cristo e ignorantes de seu Evangelho. Bilhões de homens e mulheres vivem nas trevas e nada sabem do destino último e terrível de suas almas sob a ira de Deus. Muitos vivem em toscas e cruéis idolatrias e em miseráveis condições de vida, exatamente porque ignoram a liberdade e a graça que há em Cristo Jesus. Aqueles países que um dia contribuíram para a expansão do evangelho, mormente a Europa e em certa medida, os Estados Unidos, hoje possuem igrejas débeis, inconsistentes e sociedades materialistas, consumistas e plurais. O Evangelho pouco ou nada influencia a vida das pessoas e em muitos países se quer pode ser proclamado publicamente.  Mormente nesses países, mas extensiva à toda a igreja, desde os dias da Reforma protestante, recebemos então a nossa outra tarefa, a de Reformar constantemente a Igreja. Devido aos pecados de seus filhos, santos e pecadores ao mesmo tempo, e aos ataques de Satanás e a corrupção presente e atuante no mundo, a Igreja pode e experimenta eventualmente, estágios de degenerescência. Esfria em seu amor, perde a sua paixão por missões e evangelização, deixa-se aprisionar pela máquina e pelas engrenagens da religião, tornando a relação com Deus e com os irmãos formal, burocrática e sem vida. Por vezes, a doutrina e a moral são contaminados pelo espírito de época e muitos elementos mundanos são incorporados ao ensino e à prática das igrejas, inclusive na adoração. O meio pelo qual a Igreja pode renovar-se e reformar-se constantemente, além da oração, é passar constantemente a sua doutrina, a sua ética e a sua liturgia no crivo purificador das Escrituras e submeter todas as coisas ao julgamento do Espírito Santo cuja sede e jurisdição é exatamente a Palavra de Deus. Ambas tarefas, Missões e Reforma, são empreendimentos que necessitam de trabalhadores, de muitos trabalhadores qualificados, genuinamente vocacionados, com maturidade e disposição para obedecer e perseverar até que tenham sido dispensados pelo Senhor. No caso das missões a demanda é por cristãos conscientes, mobilizados, compassivos e dispostos a obedecer. Não se trata de um chamado específico ou sobrenatural. Todos os discípulos de Cristo são testemunhas e por isso mesmo enviados ao mundo para dar a conhecer as insondáveis riquezas de Cristo. Estão unidos de tal maneira a Cristo que participam não só de sua vida, mas também de sua missão. Então, não se trata de um chamado especial, mas de uma obediência intencional. O destino e o local para aonde devo me dirigir para servir, será dado pelo Senhor da Missão por meio da Igreja, em oração, consagração e ouvida a Palavra de Deus que age no mundo. Para a tarefa de Reforma precisamos de homens e mulheres comprometidos com as Escrituras e que amem a sã doutrina. Homens e mulheres que se sujeitem em obediência às Escrituras no ensino e no testemunho da verdade, com disposição férrea para não negociar os essenciais da fé e nem se deixar capitular pelo pragmatismo, pela moda e novidades doutrinárias e que não aceitem sacrificar no altar do ‘sucesso’ ministerial a fidelidade a Cristo e a pureza da Igreja. Para esse fim a Igreja precisará de mestres e pastores que amem a Cristo e a sua noiva apegados às Escrituras e nada ensinando ou permitindo fazer que não esteja expressamente nelas ordenadas ou que pela luz da natureza e prudência cristã, sob a orientação geral das Escrituras, não possa ser oferecida à vida dos crentes. Nos dois casos, para as Missões e para a Reforma, a tarefa está inacabada e existem muitas vagas em aberto. Basta você dizer: ‘Eis-me aqui’.

Reverendo Luiz Fernando é Ministro da Palavra na Igreja Presbiteriana Central de Itapira

Fonte: Luiz Santos

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