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Itapira, 19 de Abril de 2024
Artigo
01/05/2015 | Luiz Santos: Maio, mês da família na Igreja Presbiteriana do Brasil

 E Deus os abençoou e disse: Sejam fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra...por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 1.28; 2.24).

Dedicamos o mês de maio à consideração, apreço, estudo, fortalecimento e defesa da família na Igreja Presbiteriana do Brasil. Vivemos dias confusos e estranhos. Da agenda homoafetiva ao STF, passando pelas produções culturais, não há instituição mais deformada, afrontada, aviltada do que a família. O desmantelamento da família é a própria falência da sociedade e a mais profunda crise pela qual a humanidade terá que enfrentar nos próximos anos. O fim da família como a conhecemos pai, mãe e os filhos, será na verdade o próprio fim da humanidade enquanto raça, mas sobretudo enquanto auto compreensão, significado, razão de ser e etc.

A família não é um fenômeno antropológico ou simples um contrato social. A família é uma instituição divina desejada e projetada por Deus, com homem, mulher e os filhos, frutos de desta abençoada relação de alteridade, entrega e complementariedade na diferenciação dos sexos e funções. Deus quis a família com propósitos bem definidos e leis inalteráveis até o fim dos temos. Deus quis, primeiro, para ser o lugar onde o homem e a mulher, criados à sua imagem e semelhança, pudessem da melhor maneira possível, exercitarem estes atributos. A família é o lugar onde aprendemos a ser humanos e onde aperfeiçoamos a nossa humanidade e quanto mais humanos, mais refletimos a nossa origem criatural em Deus.

O Criador desejou ainda que a família fosse o berço natural abençoado e protetor da vida, como um santuário. Através da união sexual entre um homem e uma mulher, sob a bênção do Senhor no casamento, Deus estabeleceu este o lugar privilegiado para a geração da vida humana, seus cuidados mais fundamentais e o ambiente mais saudável e seguro para o seu desenvolvimento psíquico, afetivo, social, intelectual e espiritual. A família, no projeto original, desde o princípio, é a primeira escola de socialização e aquisição das virtudes. No seio familiar é que o caráter é formado, os hábitos e as virtudes são adquiridos e os vícios e os atos maus são ensinados como evitá-los. Os valores mais sedimentados e arraigados, aqueles que norteiam a existência e que influenciam as decisões de um homem e uma mulher, mormente foram adquiridos por observação na intimidade familiar.

Deus estabeleceu o lar ainda como uma espécie de igreja doméstica. As primeiras experiências religiosas acontecem em casa, junto aos pais, avós, tios e etc. Muito da herança espiritual de um homem e uma mulher tem mais a ver com o que ele vivenciou em casa do que aquilo que ele eventualmente experimenta mais tarde quando faz de maneira autônoma a sua opção religiosa. Sem a solidez estrutural da família nuclear nenhuma outra instituição por mais bem organizada e por melhores propósitos que possua poderá obter sucesso.  Famílias enfraquecidas geram sociedades doentes. Famílias desprotegidas e sem balizamento formam igrejas inoperantes e impotentes, isto sem falar da tragédia em que vivem as nossas escolas, por exemplo.

A crise moral pela qual passa o Brasil, por exemplo, com tantos escândalos de corrupção na política e na economia está de alguma maneira ligada ao desmantelamento da família. A crise ética que assola muitas igrejas e ministérios cristãos também. A educação formal, por mais adequada e sofistica jamais substituirá a necessária e indispensável transmissão dos valores mais essenciais à nossa humanidade. Grandes homens, grandes líderes, mormente, se originam de famílias funcionais e ajustadas. Só numa família moldada e bem fundada no plano original de Deus há de defender a vida do nascituro à velhice. Só numa família bem ajustada é que a criança será incentivada a crescer e a desenvolver todo o seu potencial humano. Só na família o idoso é respeitado e acolhido como reserva moral e fonte de sabedoria e conhecimento nunca encontrados noutro lugar.

Quanto mais a sociedade e a cultura se afastam do modelo tradicional da família tanto menos humanos nos tornamos, menos tolerantes, menos respeitosos, menos afetivos e menos livres também. Aproveitemos o mês de maio e façamos dele um tempo forte e intenso de orações pela família e pela defesa de sua vocação e missão segundo a vontade de Deus.

Rev. Luiz Fernando É Ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil em Itapira

Fonte: Luiz Santos

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