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Itapira, 19 de Abril de 2024
Artigo
12/08/2014 | Luiz Santos: Missão Jerusalém

 “Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina” (2 Tm4.2).

Continuamos a nossa reflexão sobre o tema das Missões. Há muito li um livro com o seguinte título: “Ide e Evangelizai os batizados”, infelizmente não me recordo o autor. Desde o título senti-me provocado pelos pensamentos que ele me sugeriu à época. Mais de vinte anos depois percebo olhando para a membresia da Igreja que o título e o teor do livro, ainda são extremamente atuais. Soa-me ainda mais urgente do que naqueles dias.

Quando ouvimos sobre Missões e missionários, inescapavelmente nos vêm à mente a imagem de lugares inóspitos, remotos, povos “atrasados”, pobres ou escravos de algum sistema político ideologicamente ateu. Também possuímos um conceito estereotipado sobre os missionários. Idealizamos um misto de mártir, herói, aventureiro e em alguns casos, um despreocupado andarilho. De fato, os confins da terra e os povos não alcançados permanecem alvos bíblicos das missões:

Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mt 28.18-20), também, os nossos missionários possuem um chamado especial e necessitam em muitos casos uma unção muito especial e uma poderosa “cobertura” de orações em face de não poucas provações:

Pois não nos pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por amor de Jesus. Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo. Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal. De modo que em nós atua a morte; mas em vocês, a vida. Está escrito: ‘Cri, por isso falei’. Com esse mesmo espírito de fé nós também cremos e, por isso, falamos, porque sabemos que aquele que ressuscitou ao Senhor Jesus dentre os mortos, também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará com vocês. Tudo isso é para o bem de vocês, para que a graça, que está alcançando um número cada vez maior de pessoas, faça que transbordem as ações de graças para a glória de Deus. Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (2 Co 4.5-18).

Todavia, em Atos dos apóstolos 1.8 aprendemos a dinâmica centrífuga das Missões, começando por Jerusalém até os confins da terra. As missões começam em casa e ganham dimensões cada vez maiores. Tudo começa onde estamos. Isto significa mais do que anunciar e testemunhar o Evangelho aos nossos parentes não convertidos e amigos incrédulos. É também um chamado para o realismo, pois, nem todos os membros da Igreja são de fato nascidos de novo. Muitos aderiram honesta e sinceramente à igreja como expressão religiosa, contudo, o conhecimento que possuem do Evangelho é tão raso e superficial que ainda mantém um padrão de vida sob a luz da ética da conveniência. Ainda pensam levar vantagem em tudo e a qualquer preço. Não evidenciam o fruto do Espírito e nem possuem e desenvolvem os dons de serviço com e para os irmãos. Ainda se dão por satisfeitos por serem consumidores de religião.

Precisamos pregar o Evangelho e “missionar” em Jerusalém, certos de que: “a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo” (Rm 10.17). Oremos pelos confins da Terra. Disponhamo-nos a ir e a contribuir para a conversão das nações. Preguemos com assiduidade também em nossa Jerusalém!

Reverendo Luiz Fernando

É Ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil em Itapira

Fonte: Luiz Santos

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