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Itapira, 19 de Abril de 2024
Artigo
29/04/2012 | Luiz Santos: O poder do testemunho

 “E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos.” (At 2. 47).

A Igreja primitiva era uma comunidade poderosíssima em seu testemunho. Sua vida e sua ação contagiavam as pessoas. Suas reuniões inspirativas, o apego ao estudo e a investigação da Bíblia (a doutrina dos apóstolos), o seu amor fraterno intenso e, sobretudo, o testemunho intencional e ousado dos apóstolos e dos membros tomavam cativos os corações dos outros homens e mulheres. A Igreja primitiva não era uma igreja de crentes “domingueiros”, e menos ainda priorizava reuniões plenárias de associações internas que, aliás, nem existiam.

Contudo, a Igreja de nossos dias é uma igreja falida em seu testemunho. Nossas reuniões por vezes carecem de vida e entusiasmo. São poucos os que demonstram algum interesse em estudo bíblico e discipulado. Já não há muitos que levam a sério o fato de serem discípulos ou que se deixam discipular. Nosso testemunho não é intencional, não fazemos questão ou não levamos em conta a nossa condição de cristãos em muitas situações da vida. Somos tímidos na hora de proclamar o Evangelho, muitos chegam mesmo a se envergonhar de sua fé até mesmo entre os seus parentes. A maioria absoluta dos membros só vive a sua fé comunitária aos domingos, alguns poucos “heróis” aparecem numa insólita quarta-feira para estudar a Bíblia.

Já ouvi alguém dizer que uma reunião plenária de Sociedade Interna é mais importante do que um encontro para estudar, orar e deixar-se desafiar por Missões, esquecendo-se que a razão de ser da Igreja é exatamente fazer missões para que existam mais pessoas que possam um dia gozar dos benefícios espirituais das sociedades. Sem Missões não há Sociedade Auxiliadora Feminina (SAF), não há União Presbiteriana de Homens (UPH), União de Mocidade Presbiteriana (UMP), União de Crianças Presbiteriana (UCP), porque sem missões sequer há Igreja.

Voltando para a Igreja primitiva, em que consistia o seu poder de atração, de convencimento? Se você estudar atentamente os Evangelhos e as cartas apostólicas descobrirá que a força da Igreja primitiva estava no DISCIPULADO, no treinamento intensivo, na imitação radical e profunda do caráter de Jesus Cristo.

Uma igreja de “pequenos Cristos”, isto, de cristãos, não precisa fazer força, ser criativa, inventar programas, usar de artifícios para crescer. Ela crescerá naturalmente porque naturalmente um discípulo maduro será um pescador de homens. Entretanto, continuamos a trabalhar em erro quando nomeamos e elegemos pessoas para trabalhar em nossa Igreja sem que elas tenham sido treinadas como discípulas para servir. Tempo de Igreja, de  Profissão de fé, experiências acumuladas em anos à frente de alguma sociedade, ofício ou função, não quer dizer muita coisa.

Jesus insistiu e investiu no discipulado de pequenos grupos, creio que Ele fez esta escolha não casualmente e se o fez é porque não existe outro método mais eficiente para equipar os santos.  Evidentemente  eu sei que não dá para mudar as coisas da noite pro dia. Sei que existem resistências cristalizadas, muitos cristãos padecem da síndrome de “Gabriela”, ‘eu nasci assim...eu vivi assim...’ ou seja não estão dispostos a mudar, outros tem medo de perder sua influência ou autoridade, e há aqueles que simplesmente por ignorância invencível não querem entender.

Todavia, é preciso que retornemos às fontes cristalinas da Bíblia e que passemos a desejar um alto padrão de vida espiritual e ético, com coragem e não sem sacrifícios. Necessitamos urgentemente romper com a superficialidade de um cristianismo sem sal e sem sabor que não contagia e nem desafia ninguém. Precisamos de ousadia, intrepidez, um caráter profundamente identificado com o do Senhor Jesus que influencie e mesmo condicione a nossa maneira de ver a vida e de agir e reagir nela.

Nossa maior carência é a de que o fogo acendido em pentecostes aqueça e ilumine também as nossas almas e corações e nos leve a testemunhar e a viver os prodígios dos dias apostólicos, ou será que a nossa tibieza convenceu-nos que a mão de Deus está mudada? Busque mais quantidade e mais qualidade para a sua fé pessoal. Vamos buscar poder para a nossa Igreja. Seja corajoso, faça-se um discípulo e deixe o Senhor transformar radicalmente a sua história.

Reverendo Luiz Fernando

Pastor Mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira

Fonte: Luiz Santos

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