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Itapira, 18 de Abril de 2024
Artigo
15/10/2019 | Luiz Santos: Prossigo para o alvo

A vida foi planejada por Deus com um propósito definido conforme bem ensina o Breve Catecismo de Westminster: “O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre” (BCW 1). Não somos um acidente, um evento aleatório e nem estamos nesse mundo para que cada um dê o sentido que bem entender à sua existência. Nossa criação teve um propósito amoroso, santo e destinado à felicidade plena e completa. Um alvo foi demarcado e para ele deveríamos caminhar. Contudo, em Adão nos desviamos, erramos e feio o alvo e tudo o que acertamos foi a nós mesmos, o nosso ego, a nossa vaidade, o nosso desejo incontrolável de poder. Podemos afirmar que desde então, atiramos para todos os lados tentando a esmo acertar alguma coisa que nos dê significado e nos tire da absurdidade de uma vida de incompletudes. O fato de termos errado o alvo demarcado nos levou à busca de metas e objetivos ilusórios e por isso mesmo idolátricos. Desviando-nos da rota estabelecida pelo Criador em seu plano de amor, tomamos por caminhos os muitos atalhos desse mundo caído e colocamos como alvos a serem atingidos o sucesso profissional, o ajuntamento de riquezas, o poder político, as conquistas e títulos acadêmicos, o prazer sexual, sensorial e estético e por aí vai. Claro, algumas dessas coisas elencadas aqui não constituem pecado em si mesmo, os redimidos também podem e devem desejá-los, contudo, quando fazemos desses atalhos a via principal por onde conduzimos a nossa existência, mais distante da ‘mosca’ e periférico é o resultado do nosso arremesso. Graças a Deus que um novo e vivo caminho foi-nos aberto em Cristo Jesus e o alvo principal foi reposicionado em nossa alça de mira. A graça agora aguça e habilita a nossa condição e podemos retomar o caminho proposto antes da Queda e andar por Cristo,  O Caminho, A Verdade e A Vida! Nesse novo caminho precisamos aprender uma preciosa lição com o apóstolo Paulo: “Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3. 13-14). Prosseguir para o alvo significa também deixar para trás coisas de um tempo anterior a graça salvadora, mas também coisas que antecedem a nossa progressão na santificação. Em todo o tempo somos chamados a nos reconciliar com a nossa história e deixar desaparecer na santa amnésia da história aquelas coisas que lá devem ficar. Vícios e pecados não devem ser recordados, sob nenhuma justificativa, a não ser quando para enaltecer a graça e a misericórdia de Deus. Também rancores, ódios, desavenças, decepções, amarguras, eventos humilhantes, erros crassos, palavras tóxicas e torpes e mesmo amizades com pessoas e companhias pecaminosas, devem ser deixados para trás, no esquecidiço do tempo. Agora é o tempo da maravilhosa graça, é o tempo de alinhar a nossa existência com o alvo proposto e caminhar, prosseguir para esse centro que é Cristo, não ignorando as ondas do mar bravio que se encapelam ao nosso redor, nem menosprezando as dificuldades de cada dia, mas sem perder de vista o alvo, Jesus, o Autor e Consumador da nossa Fé, causa de nossa alegria, motivo da nossa vitória.

 

Rev. Luiz Fernando Dos Santos, Ministro da Palavra na Igreja Presbiteriana Central de Itapira.

Fonte: Luiz Santos

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