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Itapira, 16 de Abril de 2024
Artigo
26/05/2012 | Luiz Santos: Vida Plena - Parte 1

 “Enchei-vos do Espírito.” (Efésios 5.18 b).

A humanidade tem fome e sede de vida. Não obstante todos os avanços e todas as conquistas tecnológicas que nos encantam e que facilitam a nossa vida, existem coisas que o homem não pode fazer por si mesmo. Uma dessas coisas é o ter um sentido real para a sua vida e existência. Mesmo os mais idealistas, que gastam a sua vida na luta por nobres objetivos, em algum momento esbarram com a sensação de inutilidade de seus esforços, ainda que tenham alcançado seus objetivos. E, mesmo depois de conquistá-los, ainda surge uma pergunta, e agora e daqui por diante, o que será?

A mitologia grega apresenta uma personagem que tipifica com perfeição esta falta sentido para a vida, é o mito de Sízifo. Condenado pelos deuses a passar a eternidade a rolar uma pedra morro acima com muitíssimo esforço, pra no final não encontrar satisfação alguma, nem sentido.

Infelizmente muitos cristãos padecem desta mesma doença crônica. Apesar de transcorridos os anos na Igreja, acostumaram-se ao formalismo religioso e fizeram do Evangelho um apêndice de suas vidas. Buscam a felicidade nos mesmos lugares e com a mesma sanha dos outros sem Deus e sem Cristo. Têm a sensação que as promessas do Evangelho como: “Vim para que tenham vida e a tenham em plenitude” (abundância), e ou “Vinde a mim os que estais cansados e encontrareis descanso”, não passam de palavras bonitas sem nenhum alcance real sobre as suas vidas, meras palavras apenas.

Por isso não é muito difícil encontrar cristãos sinceros que se deixam enredar pelas igrejas do evangelho da prosperidade. Intentam achar na Igreja os seus desejos pessoais de felicidade, sem jamais levar em conta a vontade ou a glória de Deus. Como sentem um buraco na alma que não conseguem preencher, pensam lograr êxito fundindo religião e cobiça, Bíblia e carnalidade, espiritualidade e barganha com Deus. O resultado disso é uma frustração ainda maior.

Graças a Deus que a vida cristã é dinâmica e o Evangelho vivo. Podemos por em marcha as coisas em nossa vida e, de fato, experimentar e saborear cada promessa do Evangelho da salvação. É possível encontrar nexo e sentido em nossa história, mesmo nos momentos de infortúnio e de dificuldades. Não precisamos viver no desespero existencial achando que todo e cada acontecimento de nossa vida é um absurdo e que mesmo as coisas boas são como o “ouro do tolo” cantado por Raul Seixas. Basta perguntar-se: Do que você está abastecendo a sua alma? Qual é o combustível que anima a sua vida? Se você está abastecendo a sua com sonhos e desejos humanos e se seu combustível é o desejo de felicidade só para esta vida a partir das coisas que se tocam, toda a sua existência está fadada a uma derrocada radical no fim.

A Bíblia nos recomenda ao enchimento de nossa alma com o Espírito Santo. Nós já o temos desde o dia de nossa conversão. Foi Ele quem produziu a fé em nós. Foi Ele que nos levou ao arrependimento para a vida, deu-nos novo nascimento e aplicou a justiça de Cristo em nosso coração. Foi o Espírito Santo quem nos tornou em Cristo filhos amados de Deus Pai.

Infelizmente, não obstantes serem essas as realidades essenciais de nossa fé, muitos cristãos param aí e não progridem na vida espiritual. É preciso que sejamos plenificados, enchidos deste Espírito até o transbordamento. Isto significa deixar-nos influenciar pelo seu poder, que sua presença passe a inclinar a nossa vontade para as coisas do alto, que sua luz passe a iluminar a nossa inteligência, que sua verdade comunique sabedoria ao nosso coração.

Os que se deixam encher deste Espírito passam a sentir e experimentar com mais realismo o amor de Deus em seus corações e são tomados pela sensação de serem cuidados, amparados, guiados e confortados nas mais variadas circunstâncias da vida, sem aquela impressão de abandono e orfandade.

E como se enche do Espírito? Indo à sua fonte, o coração do Pai. Buscando e pedindo em humilde oração e devota adoração. Indo onde este Espírito fala, à Igreja, por meio da Palavra Pregada, com dócil atenção e alegre submissão. Indo às Escrituras, onde este Espírito nos conduz à toda verdade.

Reverendo Luiz Fenanado

Pastor Mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira

Fonte: Luiz Santos

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