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Artigo
15/06/2014 | Sandro Belli : Fogos em dia de futebol, trovões numa tempestade…

Não raro, cães entram em desespero ao ouvir explosões. Babam, tremem e, muitas vezes, tentam entrar em locais pe­quenos demais para eles ou se jogar pela janela. O estresse pode ser tanto que, no dia seguinte, ficam doentes ou se machucam seriamente. Mas, por que ficam tão apavorados?

Instinto de preservação

Barulhos altos podem significar perigo. Por isso, de maneira geral, os animais tentam fugir de tais sons. Estrondos passam a idéia de que algo grande e poderoso se aproxima, como ár­vores caindo, relâmpagos, etc. Os antepassados dos cães que mais fugiram desses sons foram os que mais tiveram chances de sobreviver.

Até mesmo dentro de nossas casas um barulho alto pode significar perigo. Imagine um móvel inteiro caindo perto do cão. É de se esperar que ele saia correndo para não se ferir.

Não é dor no ouvido

Muitas pessoas alegam que seus cães têm a audição muito sensível e que, por isso, sons fortes como de fogos e trovões são capazes de causar dor no sistema auditivo. Tá certo que um estampido extremamente forte, em contato direto com o ouvido do cão, possa realmente ter esse efeito, mas é raro isso acontecer.

Apesar de os cães terem ótima audição, não é por dor que ficam assustados. A verdadeira causa é a associação que fazem de perigo com determinado barulho.

Trauma

Sempre que se assusta demais, o cão pode desenvolver trauma. Se um barulho muito forte o apavorar, outros ruídos semelhantes passarão a causar medo enorme, simplesmente por estarem associados ao grande susto inicial. É o que acontece quando um cão começa a tremer e a ficar ansioso com trovões fracos, bem distantes. Há casos em que a umidade do ar, o vento e a mudança da luminosidade são associados com o perigo de barulhos altos. Ou seja, antes mesmo de a tempestade se formar, o cão já pode estar sofrendo.

Cura difícil

Infelizmente, não é fácil resolver esse problema. Mas exis­tem várias dicas para amenizá-lo. Casos de recuperação total acontecem. Não desanime, portanto. Almeje o tratamento e evite submeter o cão a mais sofrimento que o necessário. Proceda com calma e consideração.

Local de confiança e protegido

Muitos cães normalmente escolhem um lugar para se abri­garem quando estão com medo. Se esse for o caso do seu cão, procure respeitar o local escolhido por ele – permita que fique lá. Além disso, se possível, crie um espaço com janelas e portas vedadas – quanto mais a prova de som, melhor -, e acostume o cão a freqüentá-lo.

Se você escolheu o seu quarto, ótimo! Usar um ambiente associado com a sua pessoa vai ajudar bastante a deixar o cão mais seguro. Dentro desse lugar, habitue-o a ouvir sons altos, bem altos, como de TV, rádio ou mesmo um CD de música. Desse modo, quando houver barulho de fogos ou trovões você poderá encobri-los, mesmo que parcialmente. Acostume o cão a brincar e a se divertir naquele ambiente também sem haver trovões ou rojões, para o local não ser associado a barulhos assustadores.

Acostumar aos poucos

Sempre que você e o cão ouvirem um barulho semelhante ao que causa medo nele, comemore com ele – dê petisco, jogue bola, etc. Tenha cuidado para nunca demonstrar que você se assustou com um barulho. O seu papel é ser fonte de segurança – esse exercício só funcionará se o cão se sentir relativamente seguro. Por isso, não se agache para protegê-lo quando houver um estrondo. Para ele, o ato de agachar pode ser sinal de medo.

Um modo seguro de acostumar o cão com barulhos cada vez mais altos é gravar sons de tempestade e de fogos e reproduzi­-los em momentos agradáveis. Para ele não ficar assustado, respeite sempre os limites.

Evite novos traumas

Todo o treino pode ir por água abaixo se novos traumas surgirem em decorrência dos ruídos. Considere, portanto, a possibilidade de, no dia de uma grande partida de futebol, na virada de ano novo ou quando mais for necessário, lançar mão de ansiolíticos (medicação tranquilizante). Consulte seu veterinário sobre isso. Antes de usar o remédio diante de estímulos muito estressantes para o cão, teste o remédio. Há possibilidade de o cão ficar ansioso em vez de calmo. Procure também observar se a dose está adequada. Em excesso, o remédio pode deixar o cão desequilibrado ou sonolento demais. Nesse último caso, ele deverá ficar confinado num espaço seguro e protegido de qualquer perigo, já que perambular pela casa causaria risco de bater em algo ou cair da varanda, por exemplo.

Fonte: Sandro Belli

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