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Itapira, 28 de Mar�o de 2024
Artigo
06/03/2012 | Sem exageros por Favor!

Olá a todos os internautas do portal:
Você deve saber que o SUPERLATIVO é uma figura da língua portuguesa para intensificar alguma qualidade de um ser, ou uma ação em relação a outros seres, ou seja, quando queremos expressar que um problema é muito difícil, podemos dizer que ele é “DIFICÍLIMO” e por aí vai.
Também no nosso dia a dia podemos usar desse artifício para aumentar a importância ou a atenção para um fato ou uma ação nossa, é o que se pode chamar de “Fazer tempestade num copo d’ água”, por exemplo, e o que isso tudo tem a ver com meu post? Vamos lá...
Basta um pouco mais de atenção para notarmos que freqüentemente vemos apresentadores de televisão, sobretudo dos chamados programas policiais, e mesmo na imprensa escrita, um exagero emocional ao tratar de algumas matérias, fazendo-se quase de vítimas, e às vezes chegando a destruir a imagem de alguém.
Você talvez não concorde, afinal não é trabalho da imprensa divulgar, denunciar, cobrar e ser os olhos da sociedade? E se feito com ênfase não é melhor?
Claro que sei que tudo isso faz parte do trabalho da imprensa, tomara que sempre continue assim e até melhore, mas é preciso que todo esse poder, seja uma câmera, um microfone ou um teclado, como faço agora, seja exercido com responsabilidade e conhecimento do fato em questão para não se cometer injustiças, principalmente com os mais fracos.
Longe de me achar dono da verdade, preocupo-me se um dia os adjetivos dados a uma pessoa,  passe a pesar mais que o próprio fato em que ela esteja envolvida, ”condenando” esta pessoa antes mesmo de ser julgada.
Preocupo-me com reportagens sensacionalistas que, por exemplo, mostram imagens de hospitais superlotados, transformando-os em vilões, sem entrar no cerne da questão, que é a política e a corrupção, vá lá que existam sim hospitais mal administrados e mal profissionais da área da saúde, mas há também exceções onde a situação só não é pior devido a dedicação dos funcionários.
Uma das imagens mais usadas neste contexto é a imagem de alguma pessoa amarrada a sua cama, a chamada contenção, que as vezes é tratada como maus tratos, mas muitas vezes é a única maneira de se garantir a segurança do próprio paciente, seja ele doente mental ou alguém que esteja com seu comportamento alterado.
É verdade que se a imprensa apenas “der” a notícia, estará perdendo uma de suas principais funções que é a formação de opinião, sendo muito salutar que divulgue opiniões a respeito dos fatos, mas sem exageros não é mesmo?
Um desejo de muita saúde e paz a todos, exageradamente grande!!
José Carlos Barbieni
[email protected]
 

Fonte: José Carlos Barbieni

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