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Itapira, 15 de Junho de 2024
Notícia
25/08/2012 | Internet via rádio avança na preferência dos usuários locais

Nos tempos em que a Internet ainda engatinhava rumo ao fenômeno em que se transformou nos dias atuais, era norma comum as queixas contra a operadora que detinha o monopólio de fornecimento deste tipo de serviço, a antiga Telefônica (hoje encampada pela Vivo) devido à vagarosidade do serviço e as constantes quedas de sinal, agravados por um péssimo atendimento ao usuário final que saltava aos olhos. Neste contexto, começou a se popularizar outra forma de conexão via rádio, que chegava a locais onde a provedora “oficial” não chegava, mas com um custo bastante superior e também com um serviço de baixa qualidade.

Na medida em que novas tecnologias foram sendo aplicadas e os investimentos para expansão começaram a sair do papel, houve quem acreditasse que o sistema de transmissão de dados por ondas de rádio estivessem com os dias contados. Ledo engano.
 
A internet via rádio não só se consolidou como alternativa àquela levada via cabeamento, como também trouxe atrelada a si um “boom” de investimentos em novas tecnologias que permite que empresas menores ousem a enfrentar o monopólio das grandes operadoras. Itapira é uma cidade onde este quadro se dissemina de maneira muito interessante. Atualmente são três empresas legalizadas disputando este mercado, a Jota F.Telecom, Lindoia Net e BS Conect.
 
 
 
As duas maiores, a Jota F.Telecon e a Lindóia Net remontam sua atuação desde 2008. A primeira é tocada pelo empresário guaçuano José Roberto Junqueira de Lima, de 48 anos e pelo filho dele, Rodrigo de 25 anos. José Roberto foi funcionário de carreira da antiga Champion Papel e Celulose (atual International Paper) e decidiu fazer sua aposta no negócio de transmissão de dados via rádio (wireless) tendo Itapira como ponto de partida. “Nossa empresa é itapirense da gema”, brinca.
 
Ele fala com enorme entusiasmo do momento de expansão dos seus negócios. Ele garante que além da clientela local, já atende usuários de outras sete cidades da região: Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Lindóia, Serra Negra, Amparo, Monte Alegre do Sul e Jacutinga (MG). Para alicerçar o crescimento da Jota F.Telecom ele tem se valido de uma estratégia de diversificação, investindo também em outras frentes da tecnologia de informação como a fabricação de antenas e serviços que interligam bancos de dados de uma empresa, por exemplo, à sua rede de distribuidores. “Aqui mesmo em Itapira já temos empresas de pequeno, médio e grande porte que usam nossos serviços para melhorar a eficiência de seu sistema de comunicação”, garantiu.
 
José Roberto está ainda escudado pela parceria com a Air Max, uma empresa multinacional norte-americana que desenvolve tecnologia para esta área e também com a companhia de telefonia GVT que usa a internet como sua base operacional. Questionado a respeito dos motivos que levariam os usuários dispensar os serviços de uma operadora tradicional, como é o caso da Vivo, para usar via rádio, ele garante que o seu serviço chega com qualidade superior onde a Vivo não chega. “Oferecemos pacotes diferenciados, atendendo a cada necessidade, que chegam a locais mais periféricos e principalmente na zona rural”, acrescentou. Garante ainda que o custo para o consumidor final não fica tão distante do que ele pagaria para a operadora convencional afirmando ainda que quanto maior a velocidade, maior também é o custo benefício. “Tem gente que tinha conexão conosco, foi para a Vivo e voltou a solicitar nossos serviços. Temos um potencial enorme de crescimento”, sugeriu.
 
 

 
O empresário Luciano Belini, da Lindoia Net, 38 anos, natural de Águas de Lindoia e estabelecido aqui na cidade desde que contraiu matrimônio com Renata Pizzi, também demonstrou muito otimismo com relação ao futuro do negócio. Profissional da área de informática, decidiu apostar a exemplo do concorrente, num negócio próprio aqui em Itapira a partir de 2008, também apostando numa demanda reprimida cujo principal motor seria a inépcia da antiga companhia Telefônica em lidar com sua clientela e a dificuldade que estas empresa tem em atender os locais mais periféricos. Ele acredita que nem mesmo o fato da mudança de roupagem ocorrida no negócio, com a substituição da marca Telefônica pela marca Vivo vai mitigar a curto prazo o estrago causado pela péssima imagem que a antiga empresa adquiriu. “Oferecemos um serviço de qualidade, sem complicações e que qualquer problema pode ser facilmente detectado e solucionado num prazo muito curto de tempo. Qualidade, bom atendimento e assistência técnica permanente formam o tripé do sucesso do nosso negócio. Por isso muita gente prefere pagar  um pouquinho a mais  pelo nosso serviço do que correr o risco de ficar correndo atrás da Vivo”, aposta.
 
Indagado se não imagina que com base na velocidade com que o segmento torna obsoletos equipamentos que hoje são considerados top de linha o negócio também possa sofrer a concorrência de novidades que estão sendo pesquisadas para serem implantadas pelas grandes empresas, ele disse  que “ quem não pode se tornar obsoleto sou eu. Se os equipamentos se tornam obsoletos, evidentemente que a gente precisa substituí-los pelos mais modernos”, deduz.
 
Mais do que a possibilidade de ter que correr atrás de tecnologias alternativas, ele aponta a atuação de ‘clandestinos’ como maior ameaça ao negócio. “São dezenas de pessoas que usam pequenas antenas para oferecer serviços de baixa qualidade, alguns deles se apropriando de marcas de empresas estabelecidas no ramo, sem qualquer tipo de incômodo. Isso é muito ruim porque a gente que é regularizado paga um punhado de taxa, tem que ter escrituração tudo certinha e , evidentemente, tudo isso tem um custo. Ou seja: acabamos competindo em condições de desigualdade”, reclamou. Belini estima que os clandestinos tenham mais clientes do que as três empresas regularizadas juntas.
 

 

Fonte: A Cidade

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1 comentário
23/04/2013 22:04:57 | Vanderlei
Insatisfeito com a jf telecom nem responde meus emais nem atendem os telefones
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