A ação emergencial promovido pelo Serviço de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde resultou em 465 aplicações de vacina anti-rábica em cães e gatos das regiões da Rua da Penha e bairro dos Prados. A atividade ocorreu durante todo o sábado passado e foi desencadeada depois da divulgação do resultado positivo para raiva em um morcego. O balanço foi elaborado pelo veterinário responsável pelo departamento, Rodrigo Silva Bertini.

 

O caso do morcego ocorreu em março, quando um cidadão avistou o animal caído próximo a um veículo na Rua da Penha. Depois de recolhido, ele foi encaminhado ao Instituto Pasteur, em São Paulo, que realizou todos os exames.

 

Contudo, o resultado positivo para a doença só chegou ao departamento responsável itapirense na tarde do último dia 1º, ocasionando o planejamento emergencial do bloqueio vacinal que faz parte do protocolo de combate à raiva.

 

A vacinação dos cães e gatos ocorreu devido à dúvida da origem do morcego. “O fato é que não tivemos certeza, durante a investigação do caso, se o morcego veio na pick-up, que fica em uma residência no bairro dos Prados, ou se pode ter subido no veículo, no local onde foi encontrado” explicou, na semana passada, Rodrigo Bertini.

 

A ação da Zoonoses mobilizou 25 pessoas e cerca de 800 imóveis foram visitados. No bairro dos Prados, foram 213 cães e 68 gatos imunizados. Já na região da Rua da Penha, o número foi de 140 caninos e 44 felinos. “Ressalto que somente morcegos caídos, pousados em locais atípicos ou encontrados mortos são encaminhados para análise do vírus rábico, como parte da “Vigilância da Raiva”. Eles são considerados reservatórios do vírus e devem ser recolhidos apenas por pessoas especializadas. Jamais se deve tocar ou pegar morcegos com as mãos desprotegidas, pois mordem e podem transmitir a doença. Esses animais são extraordinariamente úteis para a manutenção da vida no nosso planeta e são protegidos por Leis de Proteção à Fauna. Tentar capturá-los poderá ser considerado um crime”, enfatiza Bertini.