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Itapira, 27 de Abril de 2024
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16/07/2014 | Banco do Brics pode reduzir dependência sul-americana do FMI, dizem presidentes

 

Os presidentes da América do Sul, convidados a participar da última sessão da 6ª Cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, destacaram após o encontro a aproximação do bloco com o continente e a importância da criação do Novo Banco de Desenvolvimento, anunciada ontem (15), em Fortaleza, para que países em desenvolvimento dependam menos de outros organismos multilaterais, como o Fundo Monetário Mundial (FMI).

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que criação do Banco do Brics foi uma boa notícia para todos os países latino-americanos. ?Começa a aparecer a cara de uma nova aliança, de uma nova geopolítica mundial, para o desenvolvimento, para a paz?.

Segundo Maduro, os líderes do continente deverão discutir em agosto, durante a próxima cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em Montevidéu,  a criação de uma comissão especial para ampliar o debate de hoje e buscar avanços na aliança entre o Brics e países sul-americanos.

?Temos um processo convergente e vamos colocar todo esforço e vontade política para que o Brics e a Unasul comecem a marchar juntos a partir de hoje?, disse Maduro. O venezuelano elogiou a iniciativa brasileira de ?convergir os caminhos? do Brics e da Unasul, com ?êxito tremendo?.

O presidente do Uruguai, José Mujica, disse que o Novo Banco de Desenvolvimento será uma alternativa para vários países e poderá ajudar o seu.

"Eu acredito que quanto mais alternativas existirem, melhor. O mundo financeiro é imprevisível, e a insegurança e a volatilidade do mundo atual são muito grandes. Isso nos obriga a ter uma reserva. Meu país é muito pequeno, tem um PIB [Produto Interno Bruto] de US$ 52 bilhões e tem uma reserva de US$ 18 bilhões, o que é uma disparidade?, disse.

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, que enfrenta uma batalha judicial com os fundos abutres, disse que o banco do bloco dos emergentes representa um ponto positivo e demonstra o fracasso dos mecanismos multilaterais de ordenamento global financeiro, que, segundo ela, representam a ?destruição de empregos? e o ?abandono das sociedades?, que afetaram por décadas a América do Sul. Segundo Cristina, a nova instituição financeira pode representar a inclusão, o crescimento, a produção e a criação de trabalho.

No mesmo tom, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que os mecanismos financeiros internacionais existentes ?chantageiam governos?.

?O mundo necessitava de uma nova organização mundial para acabar com organismos como FMI e o Banco Mundial?, disse o boliviano. ?Com o novo banco, estou seguro que podemos acabar com o uso de políticas neoliberais e neocolonialistas?.

Apesar dos discursos dos presidentes sul-americanos em relação ao banco, o objetivo declarado do Brics com a criação da instituição não é substituir os organismos financeiros internacionais, mas complementá-los e pressionar para que sejam reformados, dando mais peso aos países emergentes.

 

 

Editor Luana Lourenço

http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-07/banco-do-brics-pode-reduzir-dependencia-sul-americana-do-fmi-dizem

Fonte: Agência Brasil

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