De todos os colaboradores que assumem cargos em nível de secretaria neste começo de gestão do atual prefeito José Natalino Paganini, o vice-prefeito Dado Boreti é o único que a rigor não precisou queimar muitos neurônios para se colocar a par do que ocorre na gestão do Serviço Autônomo de Água e Esgotos, cujo cargo de superitendente ele retomou nesta semana. Dado ficou afastado das funções desde 26 de março do ano passado.

 

Embora tenha tudo monitorado de perto, avisou que ainda neste primeiro semestre do ano a autarquia passará por um processo de mudanças. Ele disse que tem se ocupado em revisar um projeto que segundo ele deveria ter sido implantado ainda no ano passado, colocando sob responsabilidade do  SAAE a questão ambiental. A partir do momento em que o projeto receber os retoques necessários, será enviado para a análise do Prefeito Paganini e este, por sua vez, deve enviá-lo à Câmara para análise e aprovação. O SAAE vai se chamar Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente (SAEMA) e vai gerenciar, por exemplo, a  questão do lixo.

 

Apesar de dedicar preferencialmente suas energias para estas mudanças, Dado Boreti não desgruda do projeto elaborado ainda em 2010 que prevê as ações da autarquia até 2030 no tocante à gestão do atendimento da população no tocante ao fornecimento de água e recolhimento e tratamento de esgoto. Estima que em 2013 serão investidos em recursos próprios cerca de R$ 2.500.000,00 para três  projetos prioritários: a  limpeza da lagoa de nº 3 da Estação de Tratamento de Esgoto; a construção de uma estação para reaproveitar a água residual e na instalação de duas válvulas que indicam ocorrência de vazamentos na rede.

 

O processo de licitação para a limpeza da lagoa já está em andamento, com previsão de gastos em torno de R$ 600 mil. Boretti calcula que até março o serviço deva estar em processo de execução. A estação de tratamento da água que é hoje tratada como rejeito e devolvida ao ribeirão da Penha será instalada ao lado da captação, na avenida dos Italianos. Estimada em cerca de R$ 2 milhões e a autarquia já está em entendimento com o governo federal para obter parte dos recursos. Dado explicou que cerca de 6% do volume tratado não vai para o abastecimento exatamente porque é um resíduo composto de elementos químicos usados no tratamento da água. São cerca de um milhão e quinhentos mil litros de água que voltam para o Ribeirão. Segundo planeja o SAAE, ao tratar este resíduo tornando-o utilizável, serão economizados algo em torno de R$ 160 mil reais por ano.

 

Já cada válvula indicada para ajudar no processo de identificação de vazamentos da rede é orçada em cerca de R$ 60 mil. A idéia é adquirir neste ano duas delas. O índice de perda em Itapira segundo Dado Boretti que chegava a questão de alguns anos em torno de 40%, foi baixado para 32%, ainda considerado por ele muito elevado. “É uma determinação nossa baixar este índice para perto dos 20% ainda nesta gestão”, garantiu.

 

A questão do lixo será de atribuição do SAAE