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Itapira, 30 de Abril de 2024
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18/04/2015 | Defesa de Vaccari entra com pedido de habeas corpus no TRF4

João Vaccari Neto

Defesa de Vaccari argumenta que prisão não pode ser fundamentada em delação premiadaArquivo/Agência Brasil

A defesa de João Vaccari Neto protocolou, na noite de ontem (17), por volta das 22h, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) um pedido de habeas corpus para o tesoureiro afastado do PT. Segundo os advogados, o pedido de habeas corpus para Vaccari se justifica porque  ele ?está sofrendo constrangimento ilegal emanado de ato do MM [Ministério Público]?.  A prisão foi decretada pelo Juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba.

O documento sustenta que a prisão foi realizada com base em informações obtidas apenas por declarações feitas em delação premiada, sem qualquer outra prova, e diz que ?a declaração por si só não tem força probatória?. De acordo com os advogados de Vaccari, é necessário comprovar a versão do delator "para que se possa produzir efeito jurídico penal contra alguém?. ?Pois é exatamente isto que está acontecendo neste caso, em que palavra de delator, sem qualquer outra prova, se admite como verdade absoluta, a ensejar a prisão de alguém?, destaca a peça da defesa.

O texto alega que a decisão para que o tesoureiro afastado do PT fosse preso ?está também lastreada em meras suspeitas sobre movimentação financeira e fiscal, sem que o Estado, previamente, perquirisse a investigar tais suspeitos, nem ao menos, para dar oportunidade ao paciente de se explicar, de esclarecer e comprovar a absoluta licitude de seu movimento bancário e fiscal, bem como de seus familiares?. O documento é finalizado com o pedido de liberdade de Vaccari.

O juiz federal Sérgio Moro participa de apresentação de um conjunto de medidas contra a impunidade e pela efetividade da Justiça na sede Associação dos Juízes Federais do Brasil (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

"Poder de influência"  de Vaccari justifica prisão dele, diz o juiz federal Sergio Moro Arquivo/Agência Brasil

Quanto à alegação do juiz federal Sergio Moro de que Vaccari deveria permanecer preso preventivamente por causa de seu poder de influência e pela possibilidade de atrapalhar as investigações, o texto da defesa diz que ?a elucubração de que o paciente, por ocupar posição de destaque em partido político, deverá interferir nas investigações ou na instrução processual, é julgar cautelarmente por hipótese, o que o STF [Supremo Tribunal Federal] tem rechaçado reiteradamente em tantas e tantas decisões?.

O tesoureito afastado do PT foi preso na quarta-feira (15) pela Polícia Federal (PF), em São Paulo, e levado para Curitiba. A prisão ocorreu durante a décima segunda etapa da Operação Lava Jato. Vaccari foi detido em casa.

Ele é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com base em depoimentos de delatores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Segundo os delatores, Vaccari intermediou doações de propina em contratos com fornecedores da Petrobras e o dinheiro foi usado para financiar campanhas políticas.

Editor Marcos Chagas

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-04/defesa-de-vaccari-entra-com-pedido-de-habeas-corpus-no-trf4

Fonte: Agência Brasil

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