Com a temporada de chuvas chegando, e a altas temperaturas, volta a ser destaque o assunto Dengue.
Embora neste ano de 2011, o número de vítimas que contraíram o vírus tenha diminuído drasticamente em relação ao ano passado, o perigo continua o mesmo.
O clima favorável e a negligência dos cidadãos tornam mais iminente a possível epidemia prevista por agentes e órgãos de saúde.
No ano passado, 329 pessoas foram infectadas e 1 morreu por complicações da doença. Dessas, 1 contraiu devido a um ponto estratégico, ou seja, lugar com alto índice de focos do mosquito Aedes Aegypti, e 2 contraíram em imóveis especiais, lugares com grande fluxo de pessoas.
Já em 2011, foram relatados 17 positivos, sendo 1 importado, ou seja, contraiu em outra cidade e foi diagnosticado em Itapira.
Segundo Maria Cemia, agente de saúde e parte do IEC (Informação, educação e conscientização), os principais focos com larvas foram encontrados em terrenos baldios, principalmente em materiais recicláveis como latinhas, garrafas retornáveis, plásticos utilizáveis.
A vigilância é feita em quadras, através de um sorteio por um programa específico, pelos PPAs referentes de cada região. O maior índice de possíveis focos registrados pelos agentes foi no PPA Central. Em bairros como Vila Ilze, Cubatão e Istor Luppi foram encontradas larvas do mosquito. Em média 22.560 casas são vistoriadas três vezes ao ano, de onde 50% é realizado pelos Agentes de Saúde, e 50% pelos Agentes Comunitários.
Em Itapira, uma das regiões com maior risco de proliferação da doença tem sido o Jardim Santa Marta e bairros vizinhos. O que não deixa de ser um fato curioso. Normalmente, na maioria das cidades os focos se localizam em bairros populares pelo acúmulo de materiais que possibilitam poças de água e a consequente procriação de larvas e mosquitos.
A região do Santa Marta concentra os moradores de maior poder aquisitivo, dotados de conhecimento e cientes das técnicas de prevenção da dengue, porém, diante da negativa de muitas residências em permitir a ação da fiscalização, focos dos mosquitos não podem ser erradicados.
Entre as atribuições dos agentes de saúde, estão as rotineiras e as emergenciais. Nas rotineiras, incluem visitas aos imóveis, avaliação de densidade larvária, pesquisas em imóveis especiais e em pontos estratégicos e ações educativas para a população. Já nas emergenciais, são recebidas notificações de casos da dengue, de onde saem para a busca ativa em áreas com casos confirmados, há o possível bloqueio de áreas com suspeita e também para a nebulização.
Esses trabalhos contam com a coordenação da enfermeira Josemary Apolinário Cipolla, e da Dra. Maria Edith Zaranza. Além de outros 15 agentes divididos em áreas.
Mesmo com a diminuição de casos, a preocupação precisa ser uma condição imprescindível, portanto, é dever e responsabilidade de cada um cuidar para que não seja criado foco de água parada para a proliferação do mosquito.
Mantenha caixa d’água e outros reservatórios tampados, evite deixar garrafas de forma que possa acumular água, coloque sempre areia em vasos de flores. Com medidas simples que podem se tornar rotineiras, muitos casos são evitados e talvez até vidas possam ser poupadas.
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