Ferrarini, de 39 anos, desfiliou-se no final do ano passado do PSL. O motivo, segundo esclareceu, foi o fato da legenda ter sido, segundo ele, cooptada pelo ex-prefeito Toninho Bellini para fazer parte de uma eventual coligação para alimentar a pretensão de Bellini em disputar novamente o cargo de prefeito no ano que vem. “Eu tinha outros planos e fui atropelado pelas circunstâncias”, lamentou.Segundo esclareceu, chegou ao PSOL pelas mãos do militante guaçuano André de Oliveira.Foi primeiro suplente de vereador de 2001 a 2004, vereador de 2005 a 2011 e só não se elegeu em 2012 pelo PV (quando teve 653 votos) por causa da falta de coeficiente eleitoral da coligação pela qual disputou a eleição.

 

Fez muitos elogios ao PSOL. “É um partido identificado com as massas e que possui um grande apelo entre as pessoas mais esclarecidas”, acredita. Ele diz que a ideia é regularizar a situação o mais rapidamente possível, já pensando em lançar candidatos para as eleições municipais no ano que vem.

Ao ser questionado se sua chegada não provocou nenhuma espécie de cisão com aqueles que já estavam filiados ao PSOL, garantiu que não. Ele mencionou que soube da desfiliação de um grupo de militantes identificados como ala dos professores, que tinha como um de seus principais expoentes Flávio Mazetto. “Sinceramente não sei o que houve. Desde que me filiei intensifiquei contatos, inclusive, em âmbito do diretório regional e estadual para fortalecer o PSOL na cidade”, reforçou.

 

A respeito de seu relacionamento com o militante Luiz Carlos Pedroso, disse que é o melhor possível. “O Pedroso é nosso professor”, elogiou. Ferrarini entende que eventuais discussões em defesa de pontos de vista antagônicos são normais dentro do processo democrático, defendendo, porém, que deve existir coesão interna no processo de condução dos interesses partidários, afirmando que a primeira grande meta a ser perseguida é o lançamento de um candidato a prefeito e uma chapa com candidatos a vereador. “Nosso objetivo no PSOL é reestrurar o partido na cidade, debater com a sociedade um projeto de desenvolvimento que garanta justiça social. Sem promessas e mais trabalho”.

 

Segundo seu raciocínio, a proposta do PSOL é muito atraente aos olhos da grande maioria das pessoas. “O PSOL não prega coisas mirabolantes, fantasiosas, defende o interesse das massas. Não espere do nosso partido uma postura, por exemplo, parecida com que fez o prefeito José Natalino Paganini durante sua campanha eleitoral, quando distribuiu um jornal com promessas de campanha que dificilmente serão cumpridas. Isso gera descrédito”, alfinetou