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03/04/2011 | Implante de retina aprovado para uso na Europa
Após décadas de desenvolvimento e anos de testes clínicos, uma prótese óptica
capaz de restaurar ao menos parcialmente a visão de quem sofre de doenças que
prejudicam a retina chegará ao mercado.
por Larry Greenemeier
Após décadas de desenvolvimento e anos de testes clínicos, uma prótese óptica
capaz de restaurar ao menos parcialmente a visão de quem sofre de doenças que
prejudicam a retina chegará ao mercado. A Second Sight Medical Products, Inc.,
anunciou na quarta-feira que seu sistema de prótese de retina Argus II foi
aprovado para venda em toda a Europa. A Second Sight que está baseada em Sylmar,
Califórnia planeja solicitar a aprovação da U.S. Food and Drug Administration
(FDA) este ano.
A retina fica na parte de trás da superfície interna do
olho e grava imagens em padrões de luz e cor. O implante do Argus II na verdade
depende de uma mini câmera montada em um par de óculos de sol para capturar uma
imagem e enviar as informações para um processador de vídeo, no cinto juntamente
com um microprocessador sem fio e bateria. Após o processador de vídeo converter
as imagens para um sinal eletrônico, um transmissor nos óculos envia as
informações sem o uso de fios para o receptor implantado sob a membrana mucosa
do olho, chamada conjuntiva. O receptor por sua vez, transmite os sinais através
de um cabo minúsculo para um conjunto de eletrodos colocados na retina. O
conjunto estimula diretamente as células que conduzem ao nervo óptico.
Ao
receber os pulsos, o cérebro percebe os padrões de manchas claras e escuras
correspondentes aos eletrodos estimulados. Os pacientes aprendem a interpretar
os padrões visuais produzidos em imagens significativas.
A Second Sight
recebeu o aval para colocar o Argus II no mercado com base em uma experiência
clínica de sucesso feita com 30 pacientes cegos no mundo inteiro. O implante de
retina estará inicialmente disponível ainda este ano no Centre Hospitalier
National d\\'Ophthalmologie des Quinze-Vingts em Paris, nos Hôpitaux
Universitaires de Genève em Genebra, e no Manchester Royal Hospital e no
Moorfields Eye Hospital em Londres. O equipamento custa US$ 100 mil, embora a
empresa argumente que está tentando ter ao menos parte desse custo subsidiado em
alguns países.
Outras próteses de retina são esperadas, em especial um
dispositivo subretinal da Retina Implant, AG, da Alemanha que coloca o implante
sob a superfície da retina para estimular as células bipolares. Três pacientes
cegos que sofrem de retinite pigmentosa e outras doenças oculares colocaram os
implantes de retina da empresa e tem sido capazes de localizar objetos
brilhantes sobre uma mesa escura, segundo uma equipe de pesquisadores liderada
por Eberhart Zrenner, co-fundador e diretor da empresa e presidente do Instituto
de Pesquisa em Oftalmologia da Universidade de Tübingen na Alemanha. Um dos
pacientes foi capaz de descrever e identificar corretamente os objetos como um
garfo ou faca em uma mesa, padrões geométricos, tipos diferentes de frutas e
discernir tons de cinza com apenas 15% de contraste.
Fonte: Scientific American
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