18/05/2015 | Mulher que motivou debate sobre eutanásia na Índia morre após 42 anos em comaA enfermeira indiana Aruna Shanbaug, que ficou 42 anos em coma, morreu hoje (18), na Índia, aos 66 anos, vítima de complicações respiratórias devido a uma pneumonia. O caso dela ficou conhecido mundialmente por ter provocado mudanças nas leis indianas sobre as possibilidades da eutanásia e debates sobre o tema.
Aruna Shanbaug sofreu lesões cerebrais e estava em estado vegetativo em um hospital de Mumbai, maior e mais importante cidade da Índia, desde que foi estrangulada e estuprada pelo então faxineiro de um hospital indiano Sohanlal Bharta Valmiki, em 1973. Valmiki foi preso e cumpriu sete anos de prisão e vive em liberdade.
O caso de Shanbaug marcou o debate sobre a eutanásia depois que a jornalista Pinki Virani, amiga da enfermeira, recorreu ao Supremo Tribunal do país, em 1999, para que fosse autorizada a eutanásia. Até então, a legislação indiana não autorizava o procedimento.
Em 2011, o Supremo Tribunal autorizou a eutanásia passiva ? quando os cuidados médicos para prolongar a vida do paciente são interrompidos ? em casos excepcionais de doentes em fase terminal. Como condição prévia, o pedido tem que ser feito pela família e supervisionado por médicos e pela Justiça.
Ao impor a supervisão do ato, o Supremo Tribunal pretendia evitar que parentes acelerassem a morte de doentes terminais por questões financeiras, por exemplo.
A Justiça da Índia, no entanto, rejeitou o recurso de Virani para suspender a alimentação artifical dada a Aruna Shanbaug, pois a jornalista não podia apresentar o pedido no lugar da família da enfermeira.
Na semana passada, Aruna Shanbaug, que foi assistida por médicos e enfermeiros nas últimas quatro décadas, foi transferida para a unidade de terapia intensiva (UTI) e passou a respirar por meio de aparelhos devido a uma pneumonia. Segundo um porta-voz do hospital, ela morreu por complicações da doença pulmonar.
*Com informações da Agência Lusa
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