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Itapira, 07 de Maio de 2024
Notícia
18/11/2011 | O Livro dos Mortos de Itapira

                                

                                                             Cemitério Municipal de Itapira atualmente....


Quando fiz a matéria sobre a Revolução de 1932, colhendo os nomes de soldados que foram enterrados no Cemitério Municipal, deparei com muita coisa interessante sobre os falecimentos em nossa cidade.  Parece mórbido, mas é uma realidade de qualquer comunidade. Nós, os cultuamos, erguemos lápides, mausoléus, prestamos o último adeus em cerimônias bastante parecidas. A dor da perca é que pode ser maior ou menor. Minha pesquisa se coloca num período de 15 anos, entre 1923 e 1938, que nos leva a conhecer o que ceifou mais a vida dos itapirenses, nativos ou não. Os nomes das famílias que já vivam aqui e,  outras curiosidades. Os livros vieram do Cemitério como empréstimo para consulta e estão em muito bom estado de leitura. Por outro lado, também pesquisei sobre o que matou mais pessoas em nosso Estado naquele começo do século XX e, não foi diferente em nosso chão.
As condições de higiene, o poder aquisitivo, a falta de informações.... muitos vetores contribuíam para que nossos parentes perecessem de males que hoje são perfeitamente curáveis ou passíveis de controle.
Falando em cerimônias, João do Norte menciona em uma das crônicas: " ...que o cortejo seguia pelas ruas do centro, atingindo o Morituris, sendo que durante o trajeto, a Matriz fazia badalar o sino, emprestando à cerimônia, o respeito que todos deviam ao morto. A Banda Lira ia executando marchas fúnebres em honra ao falecido...".

Itapira em 1920

 

Quadra de Tênis, junto ao Parque Municipal em 1934.

 

Naquele começo de século, o Estado de São Paulo, enfrentava várias moléstias, que exigiram das autoridades sanitárias um esforço hercúleo para entendê-las e debelá-las. Já, em 1892 é criado o Instituto Bacteriológico, pelas mãos de Adolfo Lutz e, em 1931, o Governo cria o Instituto Butantan, ambos destinados as pesquisas bacteriológicas. Naquele momento o Diretor da Saúde Pública, Emilio Ribas, faz diversas campanhas sanitaristas no interior contra a Febre Amarela. Os cientistas Artur Neiva, Adolfo Lutz e Vital Brasil vinham desenvolvendo pesquisas nas áreas de bacteriologia e microbiologia. Em 1916, com a chegada da Fundação Rockefeller(Americana), São Paulo ganha um grande impulso na pesquisa,tratamento e profilaxia contra as epidemias que assolavam a gente paulista. A implementação de programas e políticas, vão ocorrer nos governos de Altino Arantes (1916-20), Washington Luís (1920-24), Carlos de Campos (1924-27) e Júlio Prestes (1927-30) apoiaram integralmente as ações do Serviço Sanitário nas áreas rurais e urbanas do estado. Artur Neiva, Paula Souza e Francisco Sales Gomes Jr. — este último, médico hansenólogo e antigo diretor da Inspetoria de Profilaxia de Moléstias Infecciosas, são nomes bastante lembrados pelas suas atuações no Estado. A imagem de alguns cientistas foram gravadas no dinheiro que o Brasil usou, como reconhecimento pelos seus esforços e vitórias.

 

Carlos Justiniano Ribeiro Chagas (Oliveira, 9 de julho de 1878 — Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1934) foi um médico sanitarista, cientista e bacteriologista brasileiro, que trabalhou como clínico e pesquisador

 

Vital Brazil Mineiro da Campanha[1] (Campanha[2], 28 de abril de 1865 — Rio de Janeiro, 8 de maio de 1950) foi um importante médico imunologista e pesquisador biomédico brasileiro, de renome internacional.

 

Oswaldo Gonçalves Cruz (São Luiz do Paraitinga, 5 de agosto de 1872 — Petrópolis, 11 de fevereiro de 1917) foi um cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro

 

Em Itapira, as doenças eram as mesmas, sem falar das tragédias. Folheando os livros do Morituris, deparei com as doenças/acontecimentos que mais ceifaram as vidas de nossos conterrâneos. A seguir vou enumerando:

1- COLAPSO
2- CÓLERA
3- FEBRE
4- VOLVULOS
5- CACHEXIA
6- PALUDISMO
7- SENILIDADE
8- SUICIDIO

 

Em 1923, procurei separar por nome de doenças/causas, por idade e por gênero. Nesse ano, faleceram 25 mulheres e 33 homens. Lembro que, são aqueles que foram sepultados no  Morituris.

As idades registradas vão dos 11 até 115 anos de vida. Quase 40% abaixo dos 30 anos de idade , e 16 pessoas nesse mesmo ano, levadas ao cemitério, tinham mais de 100 anos, ou seja, 28%. Seria, se fosse hoje, seriam quase 20 mil idosos. Comparando.


ACIDENTE
AFOGAMENTO
ANEURISMA
ANTRAX
APOPLEXIA
ARTEREO ESCLEROSE
ASFIXIA
CACHEXIA
CANCER
COLERA
COLERINA
ECLÂMPSIA
ENFORCAMENTO
ENVENENAMENTO POR VIBORA
ESMAGAMENTO
FAISCA ELETRICA
FEBRE
GRIPE
HOMICIDIO
INANIÇÃO
INANIÇÃO POR VOMITOS
INTOXICAÇÃO POR CREOLINA
LESÃO MITRAL
LOUCURA
MAL DE PARKINSON
MAL DE BRIGHT
MALÁRIA
MARASMO
PARTO
PNEUMONIA
QUEIMADURAS GENERALIZADAS
SENILIDADE
SUICIDIO
TIFO

 

João Torrecillas, nas crônicas, pontua a preocupação da cidade com as epidemias: Um surto de diarréia aguda, foi evitada com a criação de uma milícia protegendo as fronteiras da cidade. Usando armas de fogo, impediam a entrada de vendedores de melancias. A biquinha da Estação, foi fechada, contra a vontade da população, mas a água estava contaminada com o  vibrião do Cólera. Outra doença, que provocava febre alta, espasmos e a morte, contagiosa, foi impedida pelos soldados da cidade, que tinham autorização para atirar em quem desejasse entrar na cada de um enfermo assim.

Não que aquelas doenças foram erradicadas, mas hoje, há uma grande preocupação com higiene pessoal e do meio ambiente como dos alimentos e bebidas, além dos tratamentos muito eficientes.
Separei também nomes que são diferentes dos demais: o sobrenome "de Jesus", participa de quase a metade dos mortos no periodo de 1923 à 1938. Aqui vão outros: Enispero Riberti, Pasquella Netta Crico, Eyrila Garcia Peres de Souza, Solidia Mancini, Delek Miato, Felicissima Alves, Romana de Souza, Eribéia Riberti, Maria Espingarda Capra, Justa Fernandes, Amério Pery Indio do Brasil, Felicidade Esteves Rodrigues Fernandes, Joana Casseta Franco, Elveria Mega Sanseverina, Electra Roni e Rita Preta. Claro que, a pessoa que escreveu os dados no livro, pode ter se equivocado e entendido dessa forma.


Aqui está uma relação com nomes de famílias itapirenses ou aquelas que migraram para cá, mostrando a quanto tempo a família está em Itapira. Fui colocando os sobrenomes que conheci e, talvez ainda hoje,muitos de seus descendentes vivam nas terras penhenses:

 


FAMILIARES ENTERRADOS  ANO
BIA BOSO    1923
JOSE PEREIRA DA SILVA   1923
BENEDITA DE SOUZA NOGUEIRA 1923
REGINA SAMOGINI   1923
ALBERTO VIEIRA   1923
SEBASTIÃO PUPO   1923
SALVADOR RIZOLLA   1923
JOSE HENRIQUE DE ALVARENGA 1923
JOAO ALVES DE FREITAS  1923
FRANCISCA ANDRADE   1923
AURELIO MENIGUINI   1923
LUIZ GOLFETO    1923
ANTONIO TREVELLIN   1923
LUIZ PASCHOALIN   1923
MANOEL AUGUSTO DE ORNELLAS 1924
JACOB BOLOGNA   1924
AUGUSTO NICOLAI   1924
ALBINA VENTURINI BONATELLI  1924
CHRISTINA DA SILVEIRA CINTRA  1924
CAROLINA FERNANDES DA ROCHA 1924
JOÃO ERNESTO DE MAGALHÃES 1924
LUIZ MOZZAQUATRO   1924
ANTONIO MORO   1924
CELESTE SECCHO MOMESSO  1924
JOÃO BAPTISTA SABADINI  1924
JOÃO RAMONDA   1924
DOMINGOS CAIO   1924
CYRINO PEREIRA DA SILVA  1924
FRANCISCO CORREA DE ARAUJO 1925
ELIZABETHE AGARBELLA  1925
LUIZ CAVERSAN    1925
JOANNA KALIL SARKIS   1925
ADOLFO PEREIRA DA FONSECA  1925
AMELIA BREDA    1925
EMMIDIO ANTONIO DE MORAES 1925
EUGENIO CESCON   1925
JULIA TREVISAN   1925
ADÃO LOPES    1925
DR WALDOMIRO DE ULHOA CINTRA 1925
JOAQUIM VIDAL BARBOSA  1925
VICTORIA BORETTI MAZZER  1925
EMISPERO RIBERTI   1925
PASCHOAL MARANGONI  1926
BENEDITO COLOSSO   1926
JACINTHO BARBANTI   1926
THEREZA BECHI BAIOCHI  1926
ANTONIO CRICO   1926
LUIZA ZANOVELLO   1926
SEBASTIÃO CUNHA   1926
LUIZ ZANIBONI    1926
LUIZ GOTTI    1926
ANNA BENTA SIQUEIRA   1927
AGNELO DELLA MURA   1927
FRANCISCO SERRA   1927
MOISES BOVO    1927
EMILIO PASSINI    1927
PEDRO PIARDI    1927
BONIFACIO MARCATTI   1927
VICTORIA ZAGO   1927
CARLOS BELLINI   1927
ANGELO FRUCHI   1927
APPOLONIA ANTONELLI  1927
IGNEZ DONATO PIVA   1927
SANTINA RAIMUNDO MARQUES 1927
MARIA MOYSES   1928
PHILOMENA BORETTI   1928
VERONICA BARRETA MIRANDA  1928
SEBASTIANA CAMARGO  1928
HENRIQUE ZACHI   1928
ANGELO ZILIOTO   1928
LUIZA SARTORI    1928
LUIZ ALTAFINI    1928
MARIA CONSORTI   1928
CAETANO FUINI   1928
MARIA FRAZÃO    1928
MARIA FECCI    1928
AMPELIO BRIANTI   1928
JOAO MENDES    1928
FRANCISCO CALIXTO   1928
MARIA PASSARELLA   1928
JOSE FRANCO    1929
JORGE IAMARINO   1929
EUFRASIA CASTELLI GOTTI  1929
PEDRO OLBI    1929
EMILIO SETTI    1929
SERAPHIM LISI    1929
LUIZA MARQUEZINI   1929
JOSE ZANOVELLO   1930
MARIA SCIEVE    1930
BORTOLO BORSOY   1930
ANGELO RAVETTA   1930
CARLOS MARTINS   1930
ANALIA MONEZZI   1930
JOSE LONGHI    1930
THEREZA ZANCHETTA   1930
ANTONIO MENOTTI   1930
JULIO MANDATTO   1930
FERRUCIO DINI    1930
JOÃO JACOB    1931
SERGIO BATTAGLIA   1931
ITALIA DEL-ESTE COLFERAI  1931
JOSE MANOEL PEREIRA DE QUELUZ 1931
AGNOR FRAY    1931
LUIZ FIORDOMO   1932
MARIA FCA RODRIGUES LEITÃO  1932
SANTINA ALTAFINI   1932
MARIA BROTA BROLEZI   1932
PAULINA FORMIGARI   1932
DR NORBERTO PEREIRA DA FONSECA 1932
ERNESTA SOLIANI   1932
FLORINDA CARETTI BIANCHI  1933
SANTIAGO FARACO GALEGO  1933
JULIO CEGA    1933
ANTONIO BISPO   1933
ANTONIO PRETTI   1933
JOANNA MAIATO   1933
EUGENIO PASCHOALIN   1933
SALVINA GATTI    1933
PAULO CARMONA   1933
CAROLINA FERREIRA ADORNO  1933
ANNA LUCA LONGHI   1934
LUDOVINO ANDRADE   1934
LUIZ STEVANATTO   1935
JOAO PANSA    1935
ANTONIO DEL CORSO   1935
ARRUDA GALDI ZILIOTO   1935
PEDRO MOMESSO   1935
PEDRO BRUSASCO   1935
MODESTO MISTRO   1935
QUITILIANO ARRUDA   1935
JOAO BARIZON    1935
ANTONIA SABADINI   1935
ANACLETO MAGALHÃES PEREIRA 1936
SABRINA MANIEZZO   1936
JOSE ROVARIS    1937
CAIO PEREIRA DA SILVA   1937
LUIZA BUTTI    1938


Nesse período, faleceram, 2.940 pessoas, registradas nos livros.O fato que mais chamou minha atenção foram os suicidios. Um número grande para a cidade daquele tempo. Dos 14 até aos 70 anos, infelizmente, eles escolheram abreviar suas vidas. Imagino os dramas pessoais que provavelmente, dariam um livro com suas histórias.


Aqui, descrevo para quem não conhece, doenças contagiosas que singraram no chão penhense:
Cólera é uma doença causada pelo vibrião colérico (Vibrio cholerae), uma bactéria em forma de vírgula ou bastonete que se multiplica rapidamente no intestino humano produzindo uma potente toxina que provoca diarréia intensa. Ela afeta apenas os seres humanos e a sua transmissão é diretamente dos dejetos fecais de doentes por ingestão oral, principalmente em água contaminada.

A malária ou paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito do gênero Anopheles fêmea. Mais tarde, caracterizam-se por acessos periódicos de calafrios e febre intensos que coincidem com a destruição maciça de hemácias e com a descarga de substâncias imunogénicas tóxicas na corrente sanguínea ao fim de cada ciclo reprodutivo do parasita. Estas crises paroxísticas, mais frequentes ao cair da tarde, iniciam-se com subida da temperatura até 39-40 °C. São seguidas de palidez da pele e tremores violentos durante cerca de 15 minutos a uma hora. Depois cessam os tremores e seguem-se duas a seis horas de febre a 41 °C, terminando em vermelhidão da pele e suores abundantes. O doente sente-se perfeitamente bem depois, até à crise seguinte, dois a três dias depois.

A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos contaminados por um flavivirus e ocorre na América Central, na América do Sul e na África. O período de incubação é de três a sete dias após a picada. Dissemina-se pelo sangue (virémia). Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre, cansaço, mal-estar e dores de cabeça e musculares (principalmente no abdômen e na lombar). A febre amarela clássica caracteriza-se pela ocorrência de febre moderadamente elevada, náuseas, queda no ritmo cardíaco, prostração e vômito com sangue. A diarreia também surge por vezes. A maioria dos casos são assimptomáticos, manifestando-se com uma infecção é subclínica, mas pode se tornar grave e até fatal. Mais tarde e após a descida da febre, em 15% dos infectados, podem surgir sintomas mais graves, como novamente febre alta, diarreia de mau cheiro, convulsões e delírio, hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários órgãos, que são potencialmente mortais. As hemorragias manifestam-se como sangramento do nariz e gengivas e equimoses (manchas azuis ou verdes de sangue coagulado na pele). Ocorre frequentemente também hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda hepatite grave com degeneração aguda do figado, provocando aumento da bilirrubina sanguínea e surgimento de icterícia (cor amarelada da pele, visível particularmente na conjunctiva, a parte branca dos olhos, e que é indicativa de problemas hepáticos). A cor amarelada que produz em casos avançados deu-lhe obviamente o nome. Podem ocorrer ainda hemorragias gastrointestinais que comumente se manifestam como evacuação de fezes negras (melena) e vómito negro de sangue digerido (hematêmese). A insuficiência renal com anúria (déficit da produção de urina) e a insuficiência hepática são complicações não raras.

A febre tifóide (AO 1990: tifoide) é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Salmonella typhi. Trata-se de uma forma de salmonelose restrita aos seres humanos e caracterizada por sintomas sistêmicos proeminentes, sendo endêmica em países subdesenvolvidos. A febre tifóide é uma doença distinta e não relacionada com o Tifo. A doença é exclusiva dos seres humanos. É sempre transmitida via orofecal, ou seja, pela contaminação, por fezes, de alimentos ou objetos levados à boca. Muitos casos são devidos à preparação não higiênica da comida, em que um indivíduo portador (com a bactéria no intestino, porém saudável e sem sintomas por períodos prolongados) suja os dedos com os seus próprios detritos fecais e não lava as mãos antes de manusear os alimentos. Cerca de 5% dos doentes não tratados com antibiótico tornam-se portadores após resolução da doença.

O tifo epidémico (português europeu) ou tifo epidêmico (português brasileiro), coloquialmente referido simplesmente como Tifo, é uma doença epidémica transmitida por piolhos, parasitas comuns no corpo humano, e causado pela bactéria Rickettsia prowazekii. É transmitido pelo piolho humano do corpo Pediculus humanus corporis, (mais raramente pelo piolho dos cabelos), que os excretam nas suas fezes, invadindo o ser humano através de pequenas feridas invisíveis. A incubação é de 10 a 14 dias, enquanto as bactérias se reproduzem no interior de células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos, libertando a descendência para o sangue de forma continua, com inflamação dos vasos (causa do eritema). A febre alta surge após essas duas semanas, seguida do exantema (eritema) em manchas após mais quatro a sete dias. A mortalidade é de 20% se não tratado convenientemente, mas em algumas epidemias em desnutridos pode chegar a 66%.


Ancilostomíase: Amarelão - A ancilostomose é uma helmintíase que pode ser causada tanto pelo Ancylostoma duodenale como pelo Necatur americanus. Ambos são vermes nematelmintes (asquelmintes), de pequenas dimensões, medindo entre 1 e 1,5 cm. A doença pode também ser conhecida popularmente como "amarelão", "doença do jeca-tatu", "mal-da-terra", "anemia-dos-mineiros, "opilação", etc.
As pessoas portadoras desta verminose são pálidas, com a pele amarelada, pois os vermes vivem no intestino delgado e, com suas placas cortantes ou dentes, rasgam as paredes intestinais, sugam o sangue e provocam hemorragias e anemia.
A pessoa se contagia ao manter contato com o solo contaminado por dejetos. As larvas filarióides penetram ativamente através da pele (quando ingeridas, podem penetrar através da mucosa). As larvas têm origem nos ovos eliminados pelo homem.
MAL DE BRIGHT -A nefrite corresponde a glomerulonefrite aguda. É uma doença renal aguda que atinge de preferência o jovem e que provoca perda de sangue e de proteínas pela urina, pressão alta e inchaço na face. Está relaciona à infecção por uma bactéria denominada estreptococo. É rara na 3ª Idade. É uma doença que pode evoluir para a Insuficiência Renal. O diagnóstico é feito pela biopsia do rim.
Marasmo
Marasmo é a desnutrição proteico-calórica do tipo seco, ou seja, é uma desnutrição por falta de calorias e proteínas em um paciente muito magro e desidratado. Esta condição é resultado da fome por escassez de alimentos. Em seu tratamento deve-se prover uma dieta com proteínas de alto valor biológico e calorias adequadas para que aproveite o nitrogênio presente na proteína. O marasmo ocorre quando a pessoa não se alimenta, durante muito tempo, em quantidade suficiente de nenhum tipo de nutriente necessário ao perfeito funcionamento do corpo humano. A falta de alimentos ricos em carboidratos, proteínas, lipídios, sais minerais e vitaminas provoca vários malefícios à saúde. A pessoa não cresce, fica muito magra, com freqüência adquire outras doenças, fica com a pele ressecada e descamante, tem os músculos reduzidos e está sempre com fome. A doença tem esse nome devido ao fato de o doente não possuir disposição para realizar suas atividades.
colapso
s.m. Medicina Diminuição súbita e geral da energia do sistema nervoso e de todas as funções que dele dependem.
Estado de prostração e depressão extremas.
Medicina Achatamento anormal das paredes de uma parte ou órgão.
Medicina Colapso cardíaco, debilidade repentina das contrações cardíacas; adinamia cardíaca.

Apoplexia
Apoplexia é uma afecção cerebral que surge inesperadamente, acompanhada da privação do uso dos sentidos e/ou da suspensão dos movimentos; em outras palavras, serve como designação genérica para afecções produzidas pela formação rápida de um derrame sanguíneo ou acidente oclusivo no interior de um órgão. Os sintomas e sinais podem variar desde uma simples cefaleia até um quadro mais grave, podendo levar à morte. A designação apoplexia está atualmente em desuso, sendo substituída, mais corretamente, pela designação "acidente vascular cerebral". O acidente vascular cerebral pode, por sua vez, ser hemorrágico ou isquêmico. Hemorrágico quando há uma ruptura de um vaso cerebral com extravasamento de sangue. Isquêmico quando há obstrução total ou parcial de uma artéria cerebral por placas ou trombos.


Caquexia
  Caquexia (   / k ? ? k k i s ? / , a partir de grego kakos ?a??? "ruim" e ???? hexis "condição") [1] ou desperdiçar síndrome é a perda de peso , atrofia muscular , fadiga, fraqueza, e significativa perda de apetite em alguém que não está ativamente tentando perder peso.  A definição formal de caquexia é a perda de massa corporal que não pode ser revertida nutricionalmente: Mesmo que o paciente afetado come mais calorias, massa corporal magra serão perdidos, indicando que há uma patologia fundamentais em vigor [. carece de fontes? ] Caquexia é visto em pacientes com câncer , AIDS , [2] doença pulmonar obstrutiva crônica , insuficiência cardíaca congestiva , tuberculose , Polineuropatia Amiloidótica Familiar , envenenamento por mercúrio ( acrodinia ) e deficiência hormonal.  É um fator de risco positivo para a morte, o que significa que se o paciente tem a caquexia, a chance de morte por doença subjacente é aumentada dramaticamente.  Pode ser um sinal de várias doenças subjacentes, quando um paciente apresenta caquexia, o médico geralmente consideram a possibilidade de câncer , acidose metabólica (de diminuição da síntese de proteínas e aumento da proteína catabolismo ), certas doenças infecciosas (por exemplo, tuberculose , AIDS ) , pancreatite crônica, e algumas doenças auto-imunes , ou vício em anfetaminas .  Caquexia fisicamente enfraquece os pacientes a um estado de imobilidade decorrentes da perda de apetite, astenia e anemia , ea resposta ao tratamento padrão é geralmente pobre. [3] [4]


Morféia
 
 Esclerodermia vem em duas formas principais: sistêmica e localizada.  Esclerodermia é uma doença de origem desconhecida que afeta os tecidos microvasculatura e frouxo do corpo e é caracterizada por fibrose e obliteração dos vasos sanguíneos da pele, pulmões, intestino, rins e coração.  Morféia é uma forma localizada de esclerodermia e afeta principalmente a pele apenas.  As lesões são geralmente limitadas e mais comumente apenas uma lesão foi encontrada.  No entanto morféia pode ocorrer de forma generalizada, bem como gutata, nodular, subcutânea e formas lineares.  Morféia é relativamente incomum e mulheres são afetados cerca de três vezes mais frequentemente que homens.  Também é mais comum em negros ea maioria dos pacientes estão entre as idades de 20 e 50 anos de idade no momento do diagnóstico.  Morféia linear é geralmente visto mais cedo com a maioria dos pacientes em menos de 20 anos de idade.  Morféia linear também pode afetar não apenas a pele, mas as estruturas subjacentes, como músculos e ossos.  Anticorpos antinucleares, os níveis elevados de imunoglobulinas e fator reumatóide foram conhecer a ser elevados em todas as formas de esclerodermia localizada, mas a incidência geral é desconhecida.  Apesar disto, o prognóstico geralmente é bom; a doença muitas vezes torna-se inativo em 3 a 5 anos.  Atrofia e hiperpigmentação residual / descoloração da pele afetada com freqüência permanece.  Deficiência de danos da estrutura subjacente, como atrofia muscular pode ocorrer, mas é muito raro.

 

Lepra
A lepra (hanseníase, morfeia, mal de Hansen, mal de Lázaro), é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos. O nome hanseníase é devido ao descobridor do microrganismo causador da doença Gerhard Hansen. É chamada de "a doença mais antiga do mundo", afetando a humanidade há pelo menos 4000 anos[1] e sendo os primeiros registros escritos conhecidos encontrados no Egito, datando de 1350 a.C..[2] Ela é endêmica (específica de uma região) em certos países tropicais, em particular na Ásia. O Brasil inclui-se entre os países de alta endemicidade de lepra no mundo. Isto significa que apresenta um coeficiente de prevalência médio superior a um caso por mil habitantes (MS, 1989).[3] Os doentes são chamados leprosos, apesar de que este termo tenda a desaparecer com a diminuição do número de casos e dada a conotação pejorativa a ele associada.[carece


FONTES:
Os jornais da Cidade de Itapira - colunas do joão do Norte e os sites:  HTTP://www.scielo.br;http://www.bam-international.comhttp://www.sobiologia.com.br;;http://www.dicio.com.br; http://pt.wikipedia.org


CULTURAL
O grupo musical brasileiro de Rock,  TITÂNS, fez uma música bem humorada em 1988 no álbum "Õ Blésq Blom", que fala sobre diversas doenças e como o corpo resiste a elas  “ o pulso ainda pulsa...”
O Pulso
Titãs
O pulso ainda pulsa
O pulso ainda pulsa...
Peste bubônica
Câncer, pneumonia
Raiva, rubéola
Tuberculose e anemia
Rancor, cisticircose
Caxumba, difteria
Encefalite, faringite
Gripe e leucemia...
E o pulso ainda pulsa
E o pulso ainda pulsa
Hepatite, escarlatina
Estupidez, paralisia
Toxoplasmose, sarampo
Esquizofrenia
Úlcera, trombose
Coqueluche, hipocondria
Sífilis, ciúmes
Asma, cleptomania...
E o corpo ainda é pouco
E o corpo ainda é pouco
Assim...
Reumatismo, raquitismo
Cistite, disritmia
Hérnia, pediculose
Tétano, hipocrisia
Brucelose, febre tifóide
Arteriosclerose, miopia
Catapora, culpa, cárie
Câimba, lepra, afasia...
O pulso ainda pulsa
E o corpo ainda é pouco
Ainda pulsa
Ainda é pouco
Pulso
Pulso
Pulso
Pulso
Assim...

 

Fonte http://letras.terra.com.br/titas/48989/

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Márcio Carlos

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