Praticamente 30 dias de­pois da realização de um encontro patrocinado pelo Ministério do Desenvolvi­mento Agrário na Casa da Agricultura com a finalidade de atrair agricultores familia­res que cultivam café, come­çam a aparecer os primeiros resultados deste esforço que envolve também o apoio da Prefeitura e da Casa da Agri­cultura. Na noite de quinta­-feira, 07, foi promovido um novo encontro - o primeiro ocorreu no dia 10 de julho -, desta feita com interessados.

Segundo Ivo Marcos Peres Faria, engenheiro-chefe da Casa da Agricultura, dos 18 agricultores que comparece­ram ao evento, pelo menos 12 demostraram interesse em receber orientações técnicas da equipe do IBS , o Instituto Biosistêmico, que cuida da implantação do programa. A técnica-agropecuária Rubia Pinheiro, dos quadros do IBS, veio a Itapira para dar andamento nas consultas.

Basicamente, o programa oferece um tipo de capacita­ção para melhorar a eficiên­cia e a produtividade destas propriedades e capacita os interessados a obterem documentos essenciais, por exemplo, para participarem da chamada para vender sua produção para órgãos do próprio governo fede­ral. Faria lembra ainda que este tipo de assistência tem como um dos seus principais objetivos romper com um comportamento comum a pequenos agricultores , arredios a iniciativas que objetivem algum tipo de associação entre eles. “ Em regiões como o sul do país, o associativismo é mais co­mum. Aqui no Sudeste, prin­cipalmente em São Paulo, esta prática é rara. O governo federal trilha uma opção em tentar organizar estes proprietários”, explicou.

José Alair de Oliveira, secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Am­biente, também presente ao encontro, classificou a iniciativa como sendo muito válida e promete ajudar naquilo que for pos­sível. Uma das ideias seria por exemplo patrocinar a ida dos participantes a projetos que já estão em andamento. Faria acha outros cafeicultores po­derão se interessar mais pela iniciativa a partir do momento em que for pos­sível visualizar resultados práticos.