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05/08/2015 | Qualitas aposta na inovação para sobreviver à crise

Inaugurada oficialmente em maio de 2001 no Distrito Industrial do Jardim Progresso, tida como uma das jóias da coroa do processo de industrialização levado a cabo pelo atual deputado estadual José Antonio Barros Munhoz (PSDB) nas duas últimas vezes em que se sentou na cadeira de prefeito, a Qualitas chegou a Itapira saudada como sendo uma das mais famosas marcas de ventiladores do país. Quase quinze anos depois as coisas mudaram bastante por lá. Ainda que continue tendo seu nome associado à fabricação de ventiladores domésticos, a empresa deu uma guinada radical em sua atuação.

 
A linha doméstica hoje representa cerca de 20% de seu faturamento. Os problemas começaram a ser detectados há pelo menos dez anos pelos proprietários José Carlos Galdeano e Paulo Stivalli Junior e tinham nome e sobrenome: quinquilharias chinesas.
Ao perceber que não teria chances de competir em pé de igualdade com os produtos similares fabricados no gigante asiático, a direção da Qualitas priorizou um processo de aperfeiçoamento de seu setor de engenharia para lidar com questões que passaram a ser fundamentais na sobrevivência da maioria das empresas, enxugar custos e inovação.
Felipe Neira Stivalli, filho de Paulo Stivalli Junior, atualmente respondendo pelo setor de engenharia, mostra que o portfólio da empresa não para de crescer. “Equipamentos domésticos são voltados para um público que não quer gastar muito. Equipamentos industriais, ao contrário, têm como seu atrativo principal virtudes como eficiência e durabilidade”, conjecturou.
 
A aposta, segundo ele, começou a ser direcionada para a linha de exaustores. Nestes tempos bicudos, esta parece ser a solução para que a empresa consiga a travessia para superar a grave crise econômica. “Dizer que não estamos sentindo os efeitos da crise seria até leviano. Estamos sim. Mas temos hoje uma base mais sólida para enfrentar este tipo de situação”, contou.
Certificação
 
 
Na semana passada a empresa concluiu mais um processo de recertificação de qualidade, recebendo aprovação integral. Trata-se de uma preocupação existente antes mesmo da empresa se instalar na cidade. A palavra qualidade é quase uma obsessão (que, curiosamente remete ao nome da empresa) dentro da Qualitas. No receituário adotado por seus gestores, ela passou a ser acompanhada muito de perto por uma outra palavra, diversificação.
 
Atenta às necessidades do mercado, a equipe técnica da Qualitas vem prospectando nichos de mercado atendidos quase que preferencialmente por empresas estrangeiras. Exemplo recente foi o desenvolvimento de um equipamento que se tornou obrigatório por força legal em empresas que fazem aferição de tacógrafos (equipamentos que registram informações sobre veículos de transporte rodoviário de cargas e de passageiros) usem este equipamento para que o CO2 emitido durante os testes sejam eliminados do ambiente onde o veículo é testado. Um outro equipamento com similar no mercado internacional foi desenvolvido também por causa de determinação legal.
 
Após a tragédia da Boate Kiss em Santa Maria-RS, em janeiro de 2013, autoridades passaram a exigir a instalação em locais como cinemas, teatros, shopping centers entre outros, um tipo especial de exaustor que elimina a fumaça em caso de incêndios. O equipamento precisa suportar temperaturas elevadíssimas por pelo menos duas horas. “Se a boate Kiss tivesse um equipamento com esta característica, centenas de vidas teriam sido, provavelmente, salvas naquela tragédia”, registra Renato Pelizer Lopes Pinheiro, colaborador que tem como missão colocar estes equipamentos no mercado.
 
A empresa desenvolveu ainda equipamentos domésticos, como exaustores para banheiros e ventiladores de divisórias e até um exaustor para ser acoplado em coifas usadas para extrair odores indesejáveis de dentro da cozinha. Está desenvolvendo ainda três novas minicentrífugas.
 
São estas algumas das armas mostradas por Felipe Stivalli para a difícil travessia que se prenuncia no horizonte. Ele revelou ainda que até o momento a empresa não efetuou cortes na mão de obra e que teme que isso possa ocorrer. “A gente tem que torcer muito para que as coisas comecem a melhorar o mais rapidamente possível. Mas, a situação é muito complicada”, resignou-se.
Fonte: Da Redação do PCI

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