Para deputado federal, membro titular na comissão parlamentar de inquérito, medida foi uma “importante vitória” para o aprofundamento da investigação

O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB) comemorou a vitória da oposição na sessão da CPMI da Petrobras realizada na última terça-feira (18/11), quando foram aprovadas a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e as convocações do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso na sexta-feira (14) na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal; do ex-diretor da área Internacional da companhia Nestor Cerveró; do ex-diretor de Gás e Energia Ildo Sauer; e do presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado. Além disso, os parlamentares também foram favoráveis à acareação entre os ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró.

“A oposição conseguiu uma importante vitória na CPMI da Petrobras nesta terça-feira. Dessa vez, os governistas não conseguiram manobrar para esvaziar a sessão. Tenho dito que não vamos dar trégua a este governo corrupto! Nem agora, nem no próximo mandato de Dilma, pois já estamos trabalhando para aprovar uma nova CPI no Congresso para continuar a investigação em 2015″, disse Sampaio. “Esses bandidos que assaltaram a Petrobras não ficarão impunes”, completou.

A aprovação da quebra dos sigilos de Vaccari foi confirmada por 12 votos a 11 e antecedida por contínuos apelos de governistas para evitar a exposição do ocupante de um dos cargos de maior prestígio dentro do PT. Representantes da base aliada chegaram a sugerir que fosse colocado em votação um requerimento que permitisse o acesso às movimentações financeiras e aos sigilos telefônicos de tesoureiros de todos os partidos. A proposta acabou sendo ignorada.

Costa, ex-diretor de Abastecimento da companhia, e o doleiro Alberto Youssef, delatores do esquema de corrupção, indicaram o tesoureiro do PT à Polícia Federal e ao Ministério como o “operador” do esquema que recolhia a propina de contratos superfaturados da Petrobras com fornecedores.

Ex-diretor da área Internacional da petroleira, Cerveró foi apontado pela petista como o responsável pela elaboração do resumo “técnica e juridicamente falho” que incentivou o Conselho de Administração da Petrobras a adquirir a unidade. Ela custou US$ 1,249 bilhão e, segundo o TCU, representou um prejuízo de US$ 792 milhões aos cofres da estatal.

(Com informações do PSDB na Câmara)