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Itapira, 19 de Maio de 2024
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29/01/2014 | Seca de janeiro compromete safra de milho

O calor excessivo e a sur­preendente ausência de chu­vas deste mês de janeiro vem produzindo um efeito indese­jável para muitos agricultores no município, especialmente os que apostaram no plantio de milho, cereal que compete com a soja como uma das commodities mais valorizadas do agronegócio mundial. O engenheiro agrônomo chefe da Casa da Agricultura de Ita­pira, Ivo Marcos Peres Faria, acredita que alguns produ­tores já acusam quebra de pelo menos 20% do plantio.

 “Eu particularmente es­tou surpreso com o baixo índice pluviométrico deste janeiro. É inevitável que a agricultura sofra as conse­qüências”, avaliou. Faria conta que em conversa com alguns produtores ouviu re­latos dizendo que em alguns casos existe perspectiva de quebra de até 40% da produção. “O milho apre­senta três etapas de seu crescimento onde a água é essencial, a germinação, a formação e o surgimento dos grãos. É exatamente este último estágio que está sendo seriamente afetado”, ensina.

Ivo atenta também para prejuízos em outros plantios de verão como o feijão e o ar­roz - com pouca área plantada na cidade - e até para o café. Segundo ele se a falta de água persistir por mais tempo vai interferir na formação dos frutos que começam a ser colhidos no outono.

 A produtora Rogéria Guer­reiro Costa, da Fazenda São Joaquim, que tem no café sua principal cultura, con­corda com Faria. “Quem tem plantação de café e não tem irrigação, corre risco de ter a produção comprometida”, disse. Mas é com relação ao milho que ela se mostra mais preocupada. “Estamos no estágio onde a planta começa a granar com formação de espigas, com inevitável pre­juízo à plantação”, lamentou.

 Denilson Gerotto, ad­ministrador da Fazenda Calunga, fala em “quebra inevitável”, sem, contudo, estimar o prejuízo. “Somen­te teremos uma ideia mais precisa depois da colheita”, avalia. Na Calunga são 83 alqueires de milho plantados. O que mais impressiona é a aferição do índice pluvio­métrico na localidade que, segundo o administrador, até quarta-feira, 22, não havia chegado a 20 milímetros.

Segundo o pluviômetro instalado na estação de tra­tamento de água do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos), no mesmo perí­odo choveu pouco mais de 100 milímetros, lembrando que o mês de janeiro do ano passado atingiu quase 400 milímetros.

Na propriedade da em­presa Irmãos Caio, que fica nas proximidades do local onde está instalado o pluvi­ômetro do Saae, e em terras arrendadas, estão plantados cerca de 200 hectares de mi­lho híbrido . O administrador Heliodoro Augusto fala com preocupação dos resulta­dos da colheita. “Teremos uma quebra na produção”, lamentou. Ele lembrou que o plantio e a manutenção da roça de milho exigem investimento elevado. “Cada dia sem chuva mais a gente fica preocupado porque sabe que tem contas para pagar”, preocupa-se.

Silagem

Nem mesmo o atual dire­tor de Agricultura e Meio Am­biente, José Alair de Oliveira, escapou. Ele revelou que tem uma pequena plantação de milho que pretende utilizar para a formação de silagem (alimentação destinada ao gado durante o período de estiagem). “Agora é o período de granulação e a ausência de chuvas é muito prejudicial”, lembrou.

Oliveira tocou ainda num ponto muito sensível para os agricultores e para a so­ciedade em geral. “A gente tem que se preocupar com a questão do armazenamento de água, que no momento, para este período, está de­fasado”, colocou.

Fonte: Da Redação do PCI

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