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08/03/2014 | TVPCI Entrevista Christian Campos, o novo administrador da Santa Casa

  

 

Os primeiros resultados práticos de uma iniciativa que mobilizou, a partir do final do ano passado, um grupo de pessoas interes­sado em salvar a Santa Casa de um inevitável processo de fechamento começam a ser divulgados. Pautada em sua decisão de dar total transparência a todos os procedimentos que en­volvem o novo formato de gestão da entidade, a OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Irmã Angélica divulgou procedimentos adminis­trativos que demonstram como estão sendo con­duzidos alguns assuntos considerados prioritários na ordem do dia.

Segundo dados apresen­tados, o Caixa evoluiu de R$ 156 no final de dezembro, para R$ 2,7 milhões em janeiro e R$ 2,2 milhões ao final do mês passado. A questão do endividamen­to foi atacada de forma a equacionar e renegociar dívidas pendentes com fun­cionários, fornecedores, prestadores de serviços e instituições bancárias.

A dívida com os funcio­nários que era de R$ 750 mil no final de dezembro foi toda resolvida. Segundo divulgou a OSCIP, os salários estão em dia. Em janeiro foi aberto processo de re­negociação com bancos, fornecedores, convênios e prestadores de serviço. Foram regularizados paga­mentos junto aos convênios, iniciado o pagamento a fornecedores e avança a renegociação da dívida com os bancos. A reativação da UTI aparecia no referido balanço como em avalia­ção, ou seja, foi dispensado tempo e energia para dar uma solução específica para este caso.

Segundo o médico infec­tologista Christian Leonardo Ferreira Campos, admi­nistrador contratado pela OSCIP para implementar o novo modelo de gestão pre­tendido, a UTI está próxima da reativação. Cauteloso, ele disse em conversa com jornalistas na tarde de on­tem, 07, que tudo se enca­minha para este processo de reativação de todos os leitos ainda este. “A UTI vai funcionar com equipa­mentos de maior comple­xidade”, frisou. Segundo projetou, o local deverá ter até um equipamento de hemodiálise.

Campos fez uma abor­dagem a respeito do pro­cesso de renegociação das dívidas, acrescentando que foi priorizado o acerto, primeiro com as pessoas, referindo-se a funcionários e fornecedores. Ele escla­receu que este processo de análise detalhada da dívida contraída e consequente contato com credores acaba por conduzir a um proces­so bastante minucioso. “É imprescindível uma análise detalhada das condições que estas dívidas vinham sendo cobradas e buscar uma solução mais sensata para ambas as partes. Tive­mos casos de fornecedor que cobrava 50% de juros em cima da dívida. De re­pente ser fornecedor da Santa Casa passa a ser mais atraente do que investir no mercado financeiro”, ironizou.

Tratativas

Campos afirmou que nes­tes cerca de 60 dias em que se fixou na cidade - é natural de Governador Valadares­-MG e tem residência fixa em Santana do Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo - tem procurado interagir com a comunidade local e tem mantido diversos contatos principalmente com a Prefeitu­ra. “Eu e o prefeito Paganini já nos encontramos em algumas ocasiões e por várias vezes tenho me reunido com a Rosa (Rosa Iamarino, secretária de Saúde). Eu entendo que a Santa Casa e a Prefeitura têm muitos interesses em comum. Digo mais, estas tratativas podem modificar para melhor o panorama da saúde aqui na cidade”, projetou.

Segundo seu raciocínio, a Santa Casa tem uma relação de serviços especializados que podem ser oferecidos de uma forma mais ampla para o atendimento do público que hoje recorre ao serviço municipal de saúde. Por este raciocínio, a munici­palidade ganha em termos de qualidade e agilidade na contratação destes serviços e a entidade terá uma indis­pensável fonte de recursos para irrigar seu caixa.

Receptividade

Questionado sobre a receptividade das pessoas de uma forma geral e do quadro de funcionários a respeito das mudanças introduzidas no processo de gestão da Santa Casa, Campos disse que a recep­tividade tem sido a melhor possível. “Quando conver­so com o cidadão comum e anuncio que faço parte deste projeto a reação das pessoas é sempre muito positiva. A população da cidade possui um apreço enorme pela Santa Casa”, deduziu. A respeito do en­volvimento dos funcioná­rios, disse percebeu um novo entusiasmo a partir da mudança na situação encontrada no final do ano passado e no presente momento. “Há um desejo inequívoco de colaboração e este clima sem dúvida nenhuma tem nos ajudado muito em nossa tarefa”, considerou.

Com curso de Mestrado na área de Infectologia, Campos possui pós-gra­duação em Administração Hospitalar. Até ser convida­do para atuar em Itapira, vinha se dedicando a um projeto concebido na cidade mineira de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Indagado como se deu este convite, revelou que um amigo comum ao empresá­rio e médico Ogari de Castro Pacheco fez a ponte entre ele e a Oscip. Questionado sobre qual conclusão ima­ginou quando tomou pleno conhecimento do quadro geral da instituição, Campos concluiu que é absolutamente possível fazer com que este projeto dê certo.

 

 

Fonte: Da Redação do PCI

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