20/05/2015 | Nino Marcati: Mais uma que se foi...Desde que visitava a Festa de Maio para comer pipoca e andar no “tomovinho”, carrinhos que rodavam em circulo e tinham a direção boba, passaram por mim cinquenta e quatro festas. A cada uma ficava marcado a minha idade e a minha passagem até a fase em que meus filhos, pequenos, deveriam iniciar e manter a tradição. Na minha adolescência, a gente contava nos dedos a eternidade para a chegada do carnaval e da festa de maio. Hoje, tanto eu, como muitos contemporâneos a visitamos não pelo que ela ainda representa, mas pelo que ela deixou para trás. Lamentavelmente.

Não há como negar a importância histórica dessa festa às diversas gerações. Não podemos tirar dela a tradição centenária. Mas não podemos, também, continuar nos enganando, enquanto povo, imaginando que a tradição, sozinha e que pouca coisa lembra o século passado, possa mantê-la com o mesmo grau de importância. Tínhamos uma festa popular que concentrava todo mundo em volta da igreja São Benedito, que pontuava os acontecimentos, mesmo aos que não tinham qualquer vínculo religioso. A alma da festa era percebida.
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