18/11/2014 | Lava Jato: juiz determina que executivos de empreiteiras continuem presosO juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, determinou hoje (18) que as prisões de executivos ligados as empreiteiras Camargo Correa, OAS e UTC sejam transformadas em detenções preventivas. São eles: Dalton dos Santos Avancini, diretor-presidente da Camargo Corrêa; João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa; Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da OAS; José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS; Ricardo Ribeiro Pessoa, responsável pela UTC Participações. Também teve a prisão temporária transformada em preventiva o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque.
Permanecem em regime de prisão preventiva: Eduardo Hermelino Leite, diretor-vice-presidente da Camargo Corrêa; José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da Construtora OAS; Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da OAS; Sérgio Cunha Mendes, diretor-vice-presidente da Mendes Júnior; Gerson de Mello Almada, presidente da Engevix; e Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente da Divisão de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia.
O magistrado mandou soltar os executivos Ildefonso Colares Filho, Othon Zanóide de Moraes Filho e Valdir Lima Carreiro (ligados à Queiroz Galvão e UTC); Alexandre Portela Barbosa (OAS); Valdir Lima Carrero, (IESA Óleo e Gás); Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor da Engevix; Newton Prado Junior, diretor da Engevix; Ednaldo Alves da Silva ( UTC); Otto Garrido Sparenberg (IESA Óleo e Gás); Walmir Pinheiro Santana (UTC Participações); e Carlos Alberto da Costa Silva (OAS). Também será libertado o agente policial Jayme Alves de Oliveira Filho, que prestava serviços ao doleiro Alberto Youssef. Eles, no entanto, estão proibidos de deixar o país e deverão entregar seus passaportes. Segundo o juiz, a atuação dos investigados precisa ser aprofundada, mas a prisão cautelar não se justifica.
Para embasar a decretação da prisão preventiva dos executivos das empreiteiras, Moro disse que as provas documentais justificam as prisões a decisão. ?A prisão preventiva é um remédio amargo no processo penal. A regra é a punição apenas após o julgamento. Embora a preventiva não tenha por função punir, mas prevenir riscos à sociedade, a outros indivíduos e ao próprio processo até o julgamento?.
Ainda de acordo com o juiz, a prisão preventiva ?tem efeitos deletérios sobre a liberdade, motivo pelo qual deve ser imposta a título excepcional. Nesse contexto e embora entenda, na esteira do já argumentado na decisão anterior, que se encontram presentes, para todos, os riscos que justificam a imposição da preventiva, resolvo limitar esta modalidade de prisão cautelar ao conjunto de investigados em relação aos quais a prova me parece, nesse momento e prima facie, mais robusta?.
Dois investigados continuam sob prisão temporária: Adarico Negromonte Filho, acusado de transportar valores para Yousseff , e Fernando Soares, o Fernando Baiano, que se entregou hoje.
*Alterada às 22h23 para acréscimo de informação
*Alterada às 21h26 para acréscimo de informação
Editor Aécio Amadohttp://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-11/lava-jato-juiz-determina-que-executivos-de-empreiteiras-continuem-presos
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