14/12/2014 | Polícia turca prende jornalistas; manifestantes pedem liberdade de imprensa Vários jornalistas foram detidos hoje (14) durante uma operação em curso na Turquia contra o movimento liderado por Fethullah Gules, apontado pelo partido do governo como ?Estado paralelo?. Entre os detidos estão Ekrem Dumanli, editor do jornal Zaman, e Hidayer Karac, presidente do grupo de comunicação Samanyolu, ambos com ligações com o movimento de Gulen.
O ex-chefe das operações antiterroristas de Istambul Tufan Erfuder também foi preso. Alguns produtores de séries de televisão também foram detidos e estão sob custódiia da Direção Geral de Segurança na capital. Mais de 500 pessoas fazem manifestação na tarde de hoje em frente ao edifício da Direção Geral de Segurança e exigem a liberação dos detidos.
O vice-primeiro-ministro da Turquia, Numan Kurtulmus, confirmou a operação, afirmando, no entanto, que ?não é apropriado fazer comentários neste momento?. A operação está em curso em 13 províncias da Turquia e, segundo a imprensa local, a polícia vai executar 32 mandados de prisão.
As detenções tiveram início dois dias depois de ter sido difundido, por meio da rede social Twitter, uma mensagem que revelava que o governo estava preparando uma operação policial contra 150 jornalistas próximos ao movimento de Gulen. Desde que a mensagem foi difundida, centenas de pessoas começaram a concentrar-se em frente à sede do jornal Zaman.
Na manhã de hoje, quando a polícia entrou no edifício para prender Dumanli, os manifestantes gritaram palavras de ordem: ?a liberdade de imprensa não pode ser silenciada?. ?Tudo isto é um golpe contra a liberdade de imprensa. Deus está com a verdade e os oprimidos. Estes dias vão passar. Temos de defender a democracia?, disse Dumanli no momento da detenção. O editor pediu também aos jornalistas para noticiarem a operação policial sem medo.
?As democracias têm um preço. Se este é o preço, então estamos dispostos a pagar pelo nosso povo?, afirmou o presidente do grupo de comunicação Samanyolu, Hayrettin Karaca.
O movimento islamita de Gutel foi, no passado, o principal aliado do presidente Tayyip Erdogan e do Partido do Desenvolvimento. Depois de divergências políticas, Gutel exilou-se nos Estados Unidos.
Editor Lilian Beraldohttp://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-12/policia-turca-prende-jornalistas-manifestantes-pedem-liberdade-de-imprensa
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