Diferentemente de outros municípios brasileiros, Itapira tem a Benzetacil  em seu estoque regular. Trata-se do medicamento mais indicado para este tipo de  tratamento e cuja falta em muitas cidades foi objeto de uma reportagem do  Fantástico, da Rede Globo, no domingo passado. Josemary adverte que para o  tratamento dar resultado deve ser seguida a prescrição médica de forma rigorosa.  “Não adianta por exemplo tomar uma dose e pular a outra. Não fará efeito”,  advertiu.
 
 
Saiba Mais:
O que é Sífilis?
Sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria  Treponema pallidum.
A sífilis é um mal silencioso e requer cuidados. Após a infecção inicial, a  bactéria pode permanecer no corpo da pessoa por décadas para só depois  manifestar-se novamente.
Qual é a causa?
A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, que é  geralmente transmitida via contato sexual e que entra no corpo por meio de  pequenos cortes presentes na pele ou por membranas mucosas.
Quais são os sintomas?
A sífilis desenvolve-se em diferentes estágios, e os sintomas variam  conforme a doença evolui. No entanto, as fases podem se sobrepor umas às outras.  Os sintomas, portanto, podem seguir ou não uma ordem determinada. Geralmente, a  doença evolui pelos seguintes estágios: primário, secundário, latente e  terciário. Sífilis primária
Sífilis Primária
A sífilis primária é o primeiro estágio. Cerca de duas a três semanas após  o contágio, formam-se feridas indolores (cancros) no local da infecção. Não é  possível observar as feridas ou qualquer sintoma, principalmente se as feridas  estiverem situadas no reto ou no colo do útero. As feridas desaparecem em cerca  de quatro a seis semanas depois, mesmo sem tratamento. A bactéria torna-se  dormente (inativa) no organismo nesse estágio.
Sífilis Secundária
A sífilis secundária acontece cerca de duas a oito semanas após as  primeiras feridas se formarem. Aproximadamente 33% daqueles que não trataram a  sífilis primária desenvolvem o segundo estágio. Aqui, o paciente pode apresentar  dores musculares, febre, dor de garganta e dificuldade para deglutir. Esses  sintomas geralmente somem sem tratamento e, mais uma vez, a bactéria fica  inativa no organismo.
Sífilis latente
Esse é o período correspondente ao estágio inativo da sífilis, em que não  há sintomas. Esse estágio pode perdurar por anos sem que a pessoa sinta nada. A  doença pode nunca mais se manifestar no organismo, mas pode ser que ela se  desenvolva para o próximo estágio, o terciário – e mais grave de todos.
Sífilis terciária
Este é o estágio final da sífilis. A infecção se espalha para áreas como  cérebro, sistema nervoso, pele, ossos, articulações, olhos, artérias, fígado e  até para o coração. Aproximadamente 15 a 30% das pessoas infectadas não tratadas  desenvolvem o estágio terciário da doença.
Sífilis congênita
A sífilis pode, ainda, ser congênita. Nela, a mãe infectada transmite a  doença para o bebê, seja durante a gravidez, por meio da placenta, seja na hora  do parto. A maioria dos bebês que nasce infectado não apresenta nenhum sintoma  da doença. No entanto, alguns podem apresentar rachaduras nas palmas das mãos e  nas solas dos pés. Mais tarde, a criança pode desenvolver sintomas mais graves,  como surdez e deformidades nos dentes.
Tratamento
Quando diagnosticada precocemente, a sífilis não costuma causar maiores  danos à saúde e o paciente costuma ser curado rapidamente.
O tratamento preferido dos médicos é feito à base de penicilina, um  antibiótico comprovadamente eficaz contra a bactéria causadora da doença. Uma  única injeção de penicilina já é o bastante para impedir a progressão da doença,  principalmente se ela for aplicada no primeiro ano após a infecção. Se não, o  paciente poderá precisar de mais de uma injeção.
A penicilina, aliás, é o único tratamento recomendado por especialistas  para mulheres grávidas diagnosticadas com sífilis. Mesmo que o tratamento nesses  casos seja bem-sucedido, o bebê também deverá ser tratado com antibióticos  depois de nascer.
Durante o primeiro dia de tratamento, o paciente poderá sentir aquilo que  os médicos chamam de reação de Jarisch-Herxheimer, que inclui uma série de  sintomas, como febre, calafrios, náuseas, dores nas articulações e dor de  cabeça. A boa notícia é que esses sintomas não costumam demorar mais do que um  dia.
Durante o tratamento, o paciente deverá fazer visitas regulares ao 
médico para garantir que está tudo bem.
É necessária a realização de exames de sangue de acompanhamento após 3, 6 ,  12 e 24 meses para garantir que não há mais infecção. O médico poderá solicitar,  também, que o paciente faça um exame específico para HIV, para garantir que o  paciente não desenvolverá complicações mais graves por causa do vírus da Aids. A  atividade sexual deve ser evitada até que o segundo exame mostre que a infecção  foi curada. A sífilis é extremamente contagiosa por meio do contato sexual nos  estágios primário e secundário.