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19/08/2010 | O RH Educador
Às vezes paramos para pensar. Para onde vai o RH? Como é visto o RH na empresa que trabalho? Para essa reflexão, acho que vale a pena recordar um pouco de nossa evolução.
Primeiro foi o "RH operacional", do lendário, velho e atual "DP", berço dos recursos humanos e dos RI's. Lembram do RI? "Relações Industriais". Eu mesmo já fui Supervisor RI.
Depois surgiu o "RH gerencial", com foco nas pessoas e de valorização do capital humano, onde o "funcionário" passa a ser chamado de "colaborador".
Mais recentemente surgiu o "RH estratégico", com a finalidade de aproximar o RH das decisões corporativas.
Estas três visões do RH coexistem. O RH operacional existe na maioria das empresas. Se o gerencial humanizou as empresas, o estratégico voltou a distanciá-las das pessoas, diante da preocupação com o negócio e o resultado traduzido pelo azul na última linha do balanço.
Harmonizar estes três papéis é um caminho que devemos perseguir, mas um quarto propósito deve ser considerado e talvez devemos caminhar para ele. Trata-se do "RH educador", que visa instruir o colaborador não apenas para a empresa, mas para a vida.
Educar para a empresa contempla o justo objetivo de buscar a lucratividade e a troca de salário por trabalho e vice versa. Educar para a vida respeita os imperativos individuais e sociais.
São missões desse "RH educador" promover a qualidade de vida, oferecendo refeições balanceadas e campanhas permanentes de combate ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas. Desenvolver competências técnicas, comportamentais e relacionais. Bons programas de treinamento. Preservação da integridade física das pessoas. Estimular atividades culturais e sociais. Ensinar planejamento financeiro para o equilíbrio do orçamento familiar.
O RH não é mais ou menos importante do que qualquer outra divisão dentro de uma empresa, mas igualmente relevante, dentro de uma visão sistêmica.
Porém, é o único que pode ser o elo entre capital e trabalho, de ser o esteio das transformações, porque não usa cimento e areia, números e dados como matéria-prima, mas corações e mentes.
Fonte: Antônio Bento Rodrigues
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