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Itapira, 26 de Abril de 2024
Artigo
15/01/2012 | Oh chuva que te quero chuva.

 

 
 
A chuva é um fenômeno natural de valor imprescindível. Basta ficarmos sem ela, por uns tempos, para sentirmos os efeitos nefastos e rezar para que ela caia, o quanto antes, sobre nós. Uns valorizam-na pelo refrescamento do ambiente e outros pela limpeza do ar. Os agricultores e pecuaristas dão graças aos céus ao salvar suas plantações e engordar a pastagem. Os consumidores agradecem pela recuperação do armazenamento para captação e distribuição domiciliar ou geração de energia. E por aí vai! 
 
A chuva tem, ainda, o papel de retornar para o continente toda água que é escoada para os oceanos.  Ela faz parte do ciclo hidrológico que é a troca contínua de água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do solo, águas superficiais, subterrâneas e das plantas.
 
Nunca é demais repetir que a água é o componente mais característico da terra. É essencial à vida. O bem mais precioso que a terra nos fornece.   
 
Mas a natureza não foi domada pelos humanos. A chuva, em função do mecanismo que rege a atmosfera, é distribuída disforme. Em alguns lugares há certa regularidade e quantidade, noutros impera o fator surpresa, onde nem sempre a quantidade é adequada. Ou falta para levar o povo à fome ou sobra ao ponto de alagar, provocar deslizamentos e matar pessoas. Castigo de Deus?
 
O Brasil tem se acostumado às notícias trágicas sobre chuva nessa época do ano. Não se sabe onde ela vai provocar os grandes estragos, mas se sabe que em algum lugar isso vai acontecer. Atingindo pessoas que ocuparam áreas que não deveriam ter sido permitidas pelo poder público. E o mais impressionante é que a cada desastre, o país se mobiliza, arrecada alimentos, envia recursos para depois descobrimos que verbas foram desviadas e a recomposição propositada, praticamente, não realizada. Culpa da chuva?
 
Itapira, felizmente, não se vê alagada com a freqüência de antigamente. Mas não estamos imunes. Um problema em Eleutério se arrasta por anos a fio. No pacato bairro rural, um pequeno córrego que sempre correu livre, nunca admoestou ninguém, até que duas passagens construídas sobre tubos que não comportam um grande volume passassem a represar e jogar água sobre casas de moradores antigos. O mais interessante nessa história é que o problema que se arrasta há anos, desde a primeira grande enchente, tem os recursos para construir duas pontes decentes. Mesmo assim, nada foi feito até agora. Nem mesmo a desobstrução dos tubos, que poderiam melhorar a vazão momentaneamente, tem sido realizada.
 
Todas as vezes que o tempo se fecha, os moradores daquela região entram em pânico até que o último pingo caia sobre eles.
 
É triste viver num país não preparado para enfrentar os desafios da natureza por falta de recursos econômicos. Mais triste, ainda, é ver um país deixar de fazer o que precisa ser feito por incompetência, por desvios, por falta de sentimento humano.
 
A chuva, apesar disso, continuará sendo de importância vital. 
 
Fonte: Nino Marcatti

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