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Itapira, 26 de Abril de 2024
Artigo
25/02/2012 | Será que o gosto da vingança é gostoso?

 

 

Nessa vida que Deus nos deu e a colocou em sociedade, passamos boa parte dela envolvidos em conflitos, ofensas, desrespeito, teimosia e disputa de poder. Circunstâncias que podem nascer nos meios próximos ou mais afastados de acordo com o tamanho da ousadia ou ambição de cada um. Dificuldades dependentes da evolução civilizatória. Um aprendizado lento. Um passo, talvez meio, por geração. Conjunções que acabam estragando a vida de muita gente, principalmente daqueles que carregam para o dia seguinte as amarguras do dia anterior. Gente, talvez, ungidas por falácias tomadas como verdades eternas, não necessariamente oriundas da má fé, mas certamente lastreadas na ignorância ou nas interpretações errôneas ou nas crenças de qualquer natureza. Vidas que se acostumaram à imutabilidade natural provocada pelas novas gerações e novos conhecimentos, arraigadas em valores perenes.

A resistência às novidades, a tendência de se impor a despeito dos desejos da maioria, a teimosia burra e a vingança são recursos que fatalmente conduzem à infelicidade. É comum observarmos pessoas, letradas ou não, insistentes nesses quesitos, desassossegadas, enquanto a vida as envelhecem sem lhes dar a razão definitiva. 

A busca incessante pelo poder, a qualquer preço, acaba levando muita gente a construir um baú de “pecados” que atormentará consciências até o fim dos tempos.  Ponto de conclusão de que o preço pago foi alto pelos esperados benefícios, nem sempre recebidos. 
 
A vingança é classificada como a mais perversa reação humana. Ela corrói a alma e constrói teias de relacionamentos que arrolam que tem e quem não tem nada a ver com isso. Pode levar prejuízos a um grupo, sociedade ou civilização inteira.
 
Itapira é uma cidade que tem sofrido por conta de um espírito de vingança que nos ronda a tempos. Quantos itapirenses não foram prejudicados pela dificuldade de relacionamento dos seus líderes políticos. Políticos que motivados pela vingança para atingir o lado oposto, não enxergam os respingos naqueles que poderão sofrer com atitudes miseráveis.
 
O sentimento de vingança é mais velho do que andar pra frente. Foi pensado e configurado a mais de dois mil anos pelo filósofo Sêneca: “a vingança é o reconhecimento da ofensa”. 
 
Ninguém alimenta vingança em bobagem propalada ou na mentira de perna curta ou na imaginação fértil de ninguém. Os pobres de espírito que caminham nessa linha o fazem quando são ofendidos na veia mais profunda. Naquelas em que são pegos com suas consciências fragilizadas. Aquelas que tanto lutam para esquecer.
 
A vingança pode manter o ego satisfeito, mas oferece um gosto ácido ao alimentador.
 
Fonte: Nino Marcatti

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