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Itapira, 29 de Mar�o de 2024
Artigo
11/03/2012 | Dos Sábios aos Brucutus da cidade.

 

 

 

Itapira, a olhos vistos, amadureceu politicamente. Afinal, já não era sem tempo. A quem prefira pensar o contrário.

Vê-se com clareza, pela postura das principais lideranças, que o clima mudou. Tal comportamento, até prova  que contrarie, não vem única e exclusivamente da índole desses líderes, mas da sensibilidade que eles têm ao reconhecer que a maioria da população não aceita os recursos que ferem os princípios básicos de uma sociedade civilizada. Sabem, de antemão, os quesitos que atribuem pontuação negativa. Como não são bobos...
 
Toninho Bellini é avesso à polêmica. Sempre foi. Raramente se aventura nos embates. Martins, pré-candidato petista, sempre elegante e cortês, apesar das suas posições bem definidas circula em qualquer roda, sem rejeição. Manoel Marques, pré-candidato pevista, é o mais ousado e mais agressivo de todos. Mas desde que assumiu a presidência da Câmara vem mostrando, publicamente ao menos, serenidade, convivência pacífica com os pensamentos adversos, apreço à democracia e ao relacionamento interpessoal.
 
Pelos cantos das oposições, Alberto Mendes, pré-candidato pedetista desfila críticas constantes à atual administração, porém é comedido, jamais ultrapassa a linha do papel que lhe cabe cumprir como oposicionista. Paganini, reconhecido pela facilidade em trabalhar pela cidade - e por sua entidade – envolve-se com todos os grupos políticos. Jamais ofereceu a quem quer que seja, gestos de animosidade. Certamente, não se apresentará antidemocrático ao processo eleitoral. Finalmente, o grande emissor de discursos ácidos, o deputado Barros Munhoz, tem dado sinais de que o “Totonho de antigamente” evoluiu e que está vendo o mundo com outros olhos. Olhos que a idade depurou e a experiência lapidou. Tem declarado, com frequência, que espera uma campanha a favor de Itapira. Reduziu, consideravelmente, os fortes ataques aos contrários. 
 
Tudo caminha, então, para assistirmos, este ano, uma campanha proativa, inteligente e construtiva. Do jeito que a cidade quer.
 
Que ninguém espere, entretanto, uma campanha amorfa, tipo jogo de compadres. Ela será duramente disputada por dois ou mais lados. A cada dia que passa, aumenta-se a possibilidade de se apresentarem apenas dois grupos. Um liderado pelo Deputado Barros Munhoz que apoiará a candidatura de José Natalino Paganini e o outro, liderado pelo prefeito Antonio Helio Nicolai, que apoiará Antonio Carlos Martins ou Manoel Marques.  Mas ainda não está descartada a participação da chamada terceira via, liderada pelo PDT, em apoio a Alberto Mendes. Assim, como é possível, mantida a candidatura de Martins, a união de Alberto a Manoel.
 
Logo, a temperatura da campanha estará diretamente relacionada à estrutura emocional e ao  conteúdo político dos majoritários. Muitas vezes, o desespero os leva para os exageros, para a ignorância, e, fatalmente, para a derrota.
 
Se Itapira hoje tem uma maioria respeitosa dos ditames democráticos e altamente crítica aos abusos, tem, ainda, uma minoria apegada a amores e ódios, à ignorância, à intransigência na defesa dos seus interesses particulares. Gente que é capaz de tudo para manter ou conduzir ao poder as pessoas que garantirão seus desejos inconfessáveis. 
 
Recentemente, a advogada e vereadora Sonia Santos foi vítima de um ataque sórdido covarde. A imprensa de Itapira, impressa ou virtual, vive sob ameaças, retaliações e processos intimidativos. O advogado Cavalheiro recebeu ameaçamentos em face de suas investidas cidadãs. E este, que vos escreve, através de uma terceira pessoa, recebeu ligações anônimas apregoando ofensas e prometendo ações físicas, diante da insatisfação com as críticas políticas por mim perfiladas. 
 
Evidentemente, tais atitudes nascem dos trogloditas a partir da participação direta das lideranças políticas, ordenando o procedimento, ou, indiretamente, lançando em reuniões fechadas ou abertas, palavras que insuflam tais brucutus ao desenvolvimento de violência física ou psicológica.
 
Ei! Estamos no século XXI. 
 
Fonte: Nino Marcatti

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