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Itapira, 26 de Abril de 2024
Artigo
02/10/2010 | Eleições: vivendo e aprendendo (2)

Do final da semana passada até amanhã se constituirá um período que colocará na boca cheia do Lula mais dois grandes acontecimentos, no seu governo. Servirá para que ele emende na sua frase preferida. Aquela que tanto enerva seus antecessores, adversários e inimigos, vivos ou mortos.

Nunca antes na história deste país - e nesse caso, do mundo – uma empresa, brasileira ou não, conseguiu arrecadar tanto dinheiro no mercado financeiro mundial como fez a Petrobras no dia 24 de setembro: setenta bilhões de dólares. Antes, o recorde era de uma empresa japonesa que movimentou em 1987 a metade disso. O mais interessante é que os opositores e economistas de plantão tentaram melar o negócio de tudo quanto foi jeito. Diziam que a Petrobras tinha virado um apêndice do PT e que por conta disso os investidores estavam se afastando. A bem da verdade, a julgar pela fala da oposição e da imprensa em geral ao pregarem que a maioria do povo brasileiro caiu na conversa do Lula, imagino que eles, nessas alturas, acreditam que o capital internacional foi levado pela bela lábia lulista, também. Esse grupo deve ter ficado super irritado ao ver a Petrobras, nessa transação, assumir a quarta posição no mundo, deixando para trás os gigantes: Microsoft, Wal-Mart e General Electric. Como se isso não bastasse, de quebra, viram a BM&F Bovespa assumir o posto de segunda maior Bolsa do mundo. A Bovespa é hoje vinte e cinco por cento maior que o valor de mercado somado da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), da Bolsa de Londres (LSE) e da Nasdaq. É mole? Parece, mas subiu. Não faltarão as desqualificações.

Nunca antes na história deste país tivemos uma eleição tão importante como esta. Não pela vitória de Dilma que poderá, inclusive, ser consumada amanhã. Mas pelo processo que nela se desenvolveu e pelas conseqüências positivas futuras. Será um marco histórico. Consolidaremos um Brasil diferente. Não econômico, mas social e político. Vejamos os indícios.

A avassaladora maioria do nosso povo sabe o que é e quer a aplicação imediata da Ficha Limpa. Ela quer limpeza nos quadros políticos. O desonesto que usa o acesso aos cargos por conta da impunidade presenteada ou como meio de enriquecimento Ilícito correrá o risco da exposição não controlada.  Tendem a desaparecer de forma gradativa e consistente do cenário político.  

O mesmo povo que dá ao Presidente Lula mais de oitenta por cento de aprovação e está satisfeito com este país mostra independência ao não seguir todas as suas orientações de voto e reage, mesmo que discretamente, às atrapalhadas governamentais e aos ataques à liberdade de imprensa. Mandou sinais claros de aversão a baixaria e às denuncias eleitoreiras oferecendo votos progressivos à candidata Marina pelo formato da sua campanha. Mostra, também, maior aproximação aos temas ambientais. Eventuais aberrações não desmerecerão o processo, as personagens desaparecerão ao não se justificarem politicamente.

A oposição pelos seus desacertos e omissões sairá machucada; Principalmente se for confirmada a tendência das pesquisas presidenciais para o primeiro turno. É difícil prever quanto tempo ela levará para se recompor. Espero brevidade. Não gosto da idéia da ausência ou da presença faz de conta dos opositores. Só governos e administradores idiotas e incompetentes acreditam que a não anteposição de idéias é interessante para o povo ou para a sua instituição. Querem a garantia do silencio das suas baboseiras que na maioria dos casos demoram a aparecer, mas aparecem.   Desse processo sairá, certamente, a cantada, em verso e prosa, reforma política.

Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira deu que PT tem 27% das preferências eleitorais. Os mais próximos PMDB e PSDB ficaram com 5% cada um, PV 3%, PDT 2% e o resto, traço. Quarenta e oito por cento indicaram não preferência partidária. É muita coisa.

O PT garantiu para si o espaço de centro-esquerda. Espera-se que após as eleições levante-se um movimento de centro-direita e dele nasça um grande partido para equilibrar as forças políticas brasileiras e acolha o terço órfão da população. O último conjunto ficaria com aqueles que ora tende à esquerda, ora à direita: o fiel da balança.

O resto, Deus ajudando, será brincadeira. Que assim seja!

Fonte: Nino Marcatti

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