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Itapira, 28 de Mar�o de 2024
Artigo
24/03/2013 | Nino Marcati: A crítica para os criticados.

 

Essa vida tem certas coisas que até Deus pode duvidar. Entre elas, seguramente, estão a nossa predileção ou habilidade para fazer críticas dos outros e a de injuriar as que fazem sobre nós.

Todo mundo concorda com a expressão “que errar é humano”, mas pouca gente aceita, com naturalidade, a propaganda do erro materializada pela crítica direta individual ou pulverizada pelos ventos da democracia.

A crítica, em qualquer circunstância, tenta expor a nossa falibilidade, que apesar de ser pacificamente reconhecida, preferimos presumir que estamos quase sempre certos. Esse sentimento talvez se justifique pela criação que nos fez à imagem e semelhança de Deus, um ser perfeito, ou nos atormente por conta da noção de que o pecado (o erro) possa comprometer a salvação eterna. Livremo-nos dele, se possível, sem que Deus nos veja.

Saindo do foro celestial, o mundo materialista prega perfeição o tempo todo. Procura valorizar com lucro ou salário avantajado a competência e o bom resultado. No campo emocional ou social floresce o poder de influenciar ou liderar pessoas. Não seria, nesses casos, o erro um estorvo e a crítica, uma terrível delatora?

Mas o erro não é absoluto. Os nossos são sempre menores do que na realidade os são, já os das outras pessoas...

A crítica vagueia pelo exagero, pela maledicência, pela pessoalidade, pelo egoísmo e até pela cafajestice. Afinal ela não é nada mais é do que um julgamento moral de uma conduta ou opinião sobre uma decisão ou acontecimento ou chute, nem sempre responsável, de quem não tem o que fazer. Segue invariável uma lógica de raciocínio, não necessariamente provida de informação, conhecimento e credibilidade. A crítica inidônea não frutifica, repercute apenas nos pequenos círculos de afinidades de pensamentos ou de interesses mútuos.

Por outro lado, a inteligência pode fazer da crítica, a despeito da veracidade, uma poderosa arma de fortalecimento individual e de supremacia sobre as adversidades. O fazer é concreto e perene. O falar cumpre, no máximo, uma missão instantânea.

A crítica, por mais amaldiçoada ou delirante que seja, quando motivada por questões pessoais, inveja, incompetência, rancor etc. acaba oferecendo créditos ao criticado. Não se deve preocupar oras, pois.

Não nos esqueçamos, todavia, de que a maioria das críticas parte de situações reais merecedoras de correções ou de melhores esclarecimentos. Quem tem o poder de fazer, deve fazê-lo bem feito e bem explicado. Deve ser transparente. A crítica nos mantem acordados e nos recicla continuamente. Reconhecê-las no todo ou em parte não é demérito. Ganha quem ouve, acolhe e resolve. 

Fonte: Nino Marcati

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