Os governantes na ânsia de atender à expectativa popular faz balanço administrativo desse período. Nessa altura, ele aprendeu que não basta fazer, tem que divulgar. Apesar de considerar os atos administrativos fundamentais, julgo-os como obrigação. Para mim, o importante é a ação política. Um governo honesto e competente jamais deve renegar a veia política, condição “sine qua non” ao exercício do poder. É a única garantia de que esse governante nos entregará o território melhor do que recebeu.

Um bom governo passa por uma boa equipe. Ninguém faz nada sozinho. As secretarias de Paganini se mostram estruturadas por profissionais tecnicamente competentes e afeitos à política. Apesar de imbuídos na consolidação do projeto da campanha eleitoral, talvez ainda lhes faltem afinação, sincronização e lepidez. Precisam de mais sessenta ou noventa dias para o azeitamento.

Não há poder executivo sem uma boa base legislativa. Nesse quesito, os vereadores governistas, apesar da ampla maioria, não tripudiam, nem ostentam essa condição. Tratam todos os assuntos com se tivessem pela frente um bloco a ser transposto. Respeitam a casa de leis, discutem os assuntos com a maior seriedade. Trabalham e parlamentam de forma unida, democrática e participativa como nunca se viu nestas paragens.

Parte do povo brasileiro é arredia às lideranças. No mundo real, é o líder quem escolhe, coordena, chama para si as responsabilidades e coloca a locomotiva para funcionar. Paganini arrebenta a máscara arrogante do poder ao se apresentar como um eterno aprendiz, mas não foge do papel que lhe cabe.  Reverencia, ouve e valoriza seu líder: o deputado Barros Munhoz. Não perde nenhuma oportunidade para buscar recursos, estadual ou federal, vitais para o nosso desenvolvimento.

Os acertos de Paganini nesses cem dias não são obras do acaso. Não é sorte de principiante. Ele começa a trabalhar as seis da matina e dificilmente desassossega antes das nove da noite. Mas não é esse esforço que o diferencia. Ao final de cada jornada, bem humorado, centelha estar fazendo o que gosta do jeito certo. Só reclama quando as coisas não acontecem na velocidade desejada.

Diante das críticas procedentes, sem a menor cerimônia, acolhe e providencia. Diante das desanimadoras, injustas, mal fundamentadas ou maledicentes, mesmo doloridas, não destila veneno. Mostra habilidade para lidar com as adversidades de pensamento.

Acessível, o prefeito de Itapira continua frequentando os mesmos lugares. Conversa com todo mundo de forma gentil e atenciosa. Não tem medo do povo.

Quando Paganini fala do sofrimento dos itapirenses desassistidos, não esconde a emoção. Deverá marcar a sua trajetória política pela humanização das relações sociais e garantir o maior desafio: a união de Itapira.

Esses primeiros cem dias fecharam a primeira batalha. Muitas virão! Longa vida ao Mestre.