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Itapira, 28 de Mar�o de 2024
Artigo
25/05/2015 | Nino Marcati: Cadê o gordo que estava aqui?

 Estou convencido. Os gordos ou, como diriam os adeptos da onda politicamente correta, os portadores de sobrepeso ou os horizontalmente avantajados estão ameaçados de extinção. Um dia, sumirão da face da Terra. Este mundo, decididamente, não foi feito para quem é gordo. Das carteiras dos cinemas, da disponibilidade de roupas, das catracas dos ônibus coletivos aos banheiros minúsculos das aeronaves, todo gordo sofre um pouco, sempre de forma comiserada e indulgente.

O extermínio silencioso começou faz tempo. Não há médico que, diante de uma pessoa gorda, não sugira ou não determine uma leve ou pesada redução de peso. Alguns fazem terrorismo, tipo: se não emagrecer, babau.

Sabe-se que a obesidade e o sobrepeso podem desencadear ou agravar inúmeras doenças como: diabetes, doenças cardiovasculares, alguns cânceres, gordura no fígado, doença da vesícula biliar, hipertensão arterial sistêmica, aceleração da degeneração da cartilagem das articulações, elevação dos níveis de gordura no sangue, doença renal, apneia do sono etc..
 
Houve um tempo em que se tratava até quando podia sem grandes alardes. Agora é no pau!
Nesta semana foi divulgado que os planos de saúde, visando economia futura, estão oferecendo descontos na mensalidade ou prêmios como notebooks e viagens internacionais para incentivar seus usuários a fazer exercícios, adotar hábitos saudáveis para, no fim das contas, perder peso.
 
A moda é antiga nos EUA. Empresas e planos de saúde oferecem incentivos financeiros na tentativa de estimular funcionários e usuários a perder peso. Chegam a instalar pedômetros, um aparelho portátil que conta os passos o dia inteiro, como prova de que o usuário participante está de fato empenhado a emagrecer para ganhar os prêmios ofertados.
 
No Brasil existem cerca de 1.300 programas de promoção à saúde e de prevenção a doenças, que atingem 1,6 milhão de beneficiários, pouco mais de 3% do total de usuários dos planos. Desses, 300 programas oferecem premiações ou bônus como redução de 10% na mensalidade. Os planos de saúde condicionam que os clientes para ganhar os benefícios precisam ir a consultas, participar de palestras, em alguns casos, se submeter a avaliações periódicas e, obviamente, perder gordura.
 
Uma pesquisa do Ministério da Saúde, que monitora os fatores de risco para a saúde, mostra que o sobrepeso atinge até 67% dos usuários dos planos, entre os moradores nas capitais. A obesidade afeta 42%. Esse estudo, que classifica o sobrepeso e a obesidade como epidemia, constatou que 53% das usuárias tomam refrigerantes cinco ou mais vezes por semana. Entre os homens, o índice é de 48%. Um exagero para quem tem peso sobrando, dizem.
A economia é significativa. A cada 1% de redução no peso, na pressão arterial e nos níveis de glicose, as despesas médicas são reduzidas, em média, R$ 250,00 por pessoa.
 
Eis, finalmente, uma discriminação que poderá beneficiar os gordos interessados nos benefícios oferecidos pelos planos de saúde. Um benefício que redundará em qualidade e aumento na expectativa de vida. Uma ideia que beneficia os dois lados. O casamento perfeito. Por conta disso, calcula-se que em menos de cinquenta anos os gordos estarão na lista dos seres vivos extintos, ao lado dos dinossauros e dos mamutes. Vamos esperar!
Fonte: Nino Marcati

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