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Itapira, 23 de Abril de 2024
Artigo
13/10/2014 | Nino Marcati: Não engane que a gente não gosta!

Abraham Lincoln foi o 16° presidente dos Estados Unidos. Nenhum grande presidente americano deixou o poder sem lançar pelo menos uma frase de efeito mundial. De Lincoln a mais usada se refere às lideranças: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo…”

Em 2004 quando Totonho Munhoz perdeu as eleições em Itapira, depois de uma hegemonia política de vinte e oito anos, os adversários dele usaram e abusaram da famosa frase de Lincoln para explicar a suada vitória. Imaginavam e proclamavam que Munhoz tinha sido varrido da história de Itapira e assinalaram o início de uma nova era: o “Novo Tem­po”. Munhoz não era candidato a prefeito, concluía naquele ano o terceiro mandato, o segundo consecutivo, mas apoiou fervorosamente José Alair. Diante do mau desempenho do candidato do grupo, assumiu galhardamente a derrota, apesar do sofrimento contido.

O tempo, porém, nos ensina que é preciso tomar alguns cuidados na utilização de frases prontas ou de conteúdos filosóficos quando tiradas, aleatoriamente, do contexto em que foram descritas. Oito anos depois da festa novotempista Munhoz apoiou José Natalino Paganini e o elegeu com mais de 65% dos votos. O candidato oficial e comandante da eleição vitoriosa de 2004 amargou a terceira colocação sem eleger um único vereador.

Voltando à frase de Abraham Lincoln, em relação ao advento novotempista o resultado eleitoral de 2012 pode demonstrar que a maioria “se sentiu enganada por algum tempo” e apesar da menor parte “continuar enganada até hoje”, percebeu o engano em oito anos e colocou os protagonistas vitoriosos de 2004 no esquecimento sepulcral. Aplicando-se o mesmo raciocínio a Munhoz, podemos depreender que se o povo de Itapira, no caso dele, se sentiu enganado vinte e oito anos depois votando contra o candidato indicado, não precisou mais do que oito para reverter tal sentimento.

Contra fatos e números, não há argumentos. As eleições de 2014 ratificaram a tendência manifestada em 2012. O eleitor itapirense votou maciçamente em Barros Munhoz e em todos os candidatos indicados por ele. Enquanto a oposição agoniza, sem conseguir sequer se articular em benefício dos únicos candidatos que se aventuraram, Barros Munhoz ganhou a eleição melhorando a posição na tabela, aumentando a vota­ção nominal e assumindo de forma incontestável a liderança regional. Considerando Itapira e os oito municípios limítrofes, Munhoz recebeu 95.639 votos, votação mais do que suficiente para reelegê-lo com folga, com quase vinte mil votos a mais do que o último deputado estadual eleito pelo PSDB.

Olhando a situação política de Itapira, sob a luz da demo­cracia e do pensamento de Abraham Lincoln, ao confrontar com os resultados, das duas últimas eleições, atribuídos ao grupo governista liderado por Totonho Munhoz e ao grupo oposicionista liderado por um “par de gente” podemos concluir que a maioria itapirense está de bem com o amor antigo. Já os opositores...

Fonte: Nino Marcati

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