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Itapira, 28 de Mar�o de 2024
Artigo
25/08/2013 | Nino Marcati: O Brasil que queremos se parece com quem?

 

Queremos mudar o Brasil. Mas será que atingiremos esse objetivo sem mexer na estrutura da nossa sociedade? Será que nós vamos conseguir mudar a postura dos nossos governantes, dos agentes políticos e públicos sem a necessidade de revisarmos a nossa postura diante das ações cotidianas, publicas ou privadas? Dá para arriscar um palpite: tais mudanças não virão na velocidade como parte da população gostaria. Conforta-nos saber que a morosidade não fará parte do jeitinho brasileiro. A história da civilização foi construída com séculos de conversa, trabalho e sangue, mas temperada com muito amém.

Os países ditos desenvolvidos, seja por organização, inteligência, localização geográfica ou esperteza, resolveram a maioria dos problemas que aflige a sociedade que eles comportam. Nenhum deles, no entanto, abdicou da participação efetiva do seu povo. Participação que não se restringiu às cobranças ou às escolhas, mas na construção de uma sociedade que foi evoluindo em quesitos como justiça, respeito ao bem comum, cooperação e investimento no futuro, priorizando a educação como herança de maior valor, tanto à parte concerne ao poder público, como na responsabilidade da sociedade quanto à operação e uso.  Lembremos que educação envolve, necessariamente, quatro agentes: o governo que projeta, planeja, organiza e paga; os profissionais que são responsáveis pela operacionalização; os alunos como receptores e seus familiares como cobradores dos resultados. Todos deveriam estar comprometidos e atentos. Como a sociedade brasileira reage a esse desafio básico?

Eu penso que o Brasil vive um paradoxo. O povo escolhe democraticamente os seus governantes e se mostram desconfiados em relação aos escolhidos antes do tempo, ficando sempre com um pé atrás e à espera que o poder público dê conta de todas as atividades coletivas e lhe traga conforto total. Reclama dos impostos, mas pouco faz para amenizar a carga das atribuições que a administração pública encara no dia a dia. Carga que representa custos para um erário que nem sempre é suficiente para todas as necessidades básicas.

Os moradores dos países desenvolvidos aprenderam que a redução da carga tributária passa pela redução dos serviços públicos que podem ser prestados ou evitados pelo conjunto da população.  Não se joga lixo em qualquer lugar, por exemplo. Aprenderam, também, que para ter uma máquina governamental mais enxuta depende da cooperação da maioria. As pessoas sabem esperar, avaliam quando o imediato não é questão de vida ou morte. Por outro lado, não é uma sociedade ávida pela conquista de um cargo público, por conta da garantia de salário mensal a despeito da produtividade e competência.

Temos um povo que não confia nos governantes. Temos governantes que, apesar dos discursos melosos, dá evidências de que não confiam no povo que os escolheram. Será que essa equação tem solução?

Penso que sim. Podemos reverter esse quadro valorizando as nossas escolhas eleitorais. Cobrando soluções com firmeza, sem resvalar no imediatismo vulgar. Finalmente, devemos cooperar com na parte que nos cabe e participar de todos os instrumentos que a democracia participativa nos oferece, sem esquecer vivemos em uma sociedade, onde coletivo deve se sobrepor ao individualismo. Parece óbvio? Onde estaria a dificuldade? No outro? 

Fonte: Nino Marcati

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