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Itapira, 29 de Mar�o de 2024
Artigo
18/11/2012 | Nino Marcati: Perto da imortalidade.

O planeta Terra surgiu, segundo a ciência, há cerca de 4,6 bilhões de anos. Desde a chegada da raça humana - há 200 mil anos - buscamos respostas. Nossas origens são discutidas há séculos e até hoje não temos consenso sobre o assunto. Muitos são adeptos do criacionismo, outros trabalham com a teoria evolucionista e não faltam os buscadores de explicações nos seres de outros planetas. Enquanto nos dividimos sobre o “de onde viemos”, nos aglutinamos, paulatinamente, ao “para onde vamos”, sonhando com a vida eterna.

Manifestamos o desejo da imortalidade de várias formas: através do interesse na perpetuação dos nossos genes, nomes e feitos. Nomeando logradouros, construindo grandes monumentos e realizando ações que nos eternize. Mas é no campo espiritual que almejamos existência, com salvação, até o fim dos tempos.

Enquanto cada um por si buscava os próprios meios para assegurar a imortalidade, a ciência, com o desenvolvimento da medicina, vem ampliando a expectativa de vida, retardando o momento derradeiro.

Não faz muito tempo, a passagem dos trinta anos de vida era comemorada por poucos. Hoje, os octogenários e superiores não dão traço nas estimativas populacionais. Estamos satisfeitos? De jeito nenhum, queremos mais.

Um seleto grupo de cientistas vanguardistas, pesquisadores das áreas da ciência da computação, da biologia, da biotecnologia e da nanotecnologia afirma que dentro de pouco tempo a medicina oferecerá a possibilidade de ampliar a longevidade. Poderemos trocar órgãos, assim como substituímos as peças de qualquer máquina. Nenhum órgão estará excluído da lista, nem mesmo coração, pulmões e cérebro. Viver 150 anos, não é mais um sonho impossível para a humanidade.

O americano Ray Kurzweil, criador do sistema de reconhecimento de caracteres e de voz, estudioso brilhante da inteligência artificial, diz que dentro de cinquenta anos teremos pequenas máquinas, no interior do corpo, da espessura de um fio de cabelo, ajudando na manutenção da nossa saúde e participando da nossa atividade cerebral. Misturando, inclusive, o mundo virtual ao verdadeiro. Eis a sonhada imortalidade.

Apesar da complexidade que esse raciocínio nos oferece, para Kurzweil não estamos muito longe do dia em que todas as informações contidas em nossa massa cinzenta poderão ser absorvidas e salvas num cérebro artificial dotado de superinteligência, com potencial para superar a casa dos estimados 300 milhões de reconhecedores de padrões no neocórtex humano.

Pensemos, então. O cérebro, até prova em contrário, é o nosso mecanismo de reconhecimento da vida, onde registramos a nossa história, construímos o conhecimento, desenvolvemos as nossas habilidades, fundamentamos a moralidade, identificamos as pessoas que amamos, configuramos as sensações e as emoções. No dia em que pudermos jogar tudo isso num backup e instalar, a qualquer momento, numa máquina de alta tecnologia, que diferença nos fará a falta de carne, ossos, gordura e líquidos?     

A minha dúvida é: nós vamos poder rir e chorar ou nem vamos ter motivos para isso? 

Fonte: Nino Marcati

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