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Itapira, 20 de Abril de 2024
Artigo
12/02/2011 | SENAC, DE ZERO A 30!

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) busca, através das suas atividades educacionais, construir e disseminar o conhecimento capacitante no mercado de trabalho brasileiro. Dos seiscentos e seis municípios do estado, excluídos os da grande São Paulo, apenas trinta e um gozam de uma unidade fixa. Itapira está entre esses municípios desde o início da década de noventa. Nessa semana, ganhamos uma nova sede. No coração da cidade. Bonita e majestosa, valorizando, sobremaneira, a Praça Bernardino de Campos. Mais de três milhões de reais foram investidos pela instituição.  Nos mil e trezentos metros quadrados, doze ambientes educacionais dotados de alta tecnologia foram criados. Laboratórios, salas convencionais, biblioteca e área administrativa atenderão dois mil e quatrocentos profissionais por ano. É desnecessário louvar a importância desse empreendimento para o progresso da nossa cidade, principalmente agora, quando o país requer, em caráter de urgência, mão de obra qualificada. 

Muitas pessoas são categoricamente responsáveis por esse parto. Sem a intenção de desmerecer ninguém, não posso deixar de comentar e valorizar a ação eficiente, comandada pelo presidente da Associação Comercial de Itapira, que propiciou um final feliz à novela do SENAC. Não uso esse expediente fazer justiça. Uso para referendar a importância das iniciativas e gestões eficientes dos homens de boa vontade dessa cidade. A boa luta sempre valerá a pena, mesmo quando se arrisca a própria pele. A covardia não casa com a história da civilização.  

O SENAC instalado na Rua Alfredo Pujol, desde 1990, diante do vencimento do comodato firmado com os sócios remanescentes da Sociedade Operária e da tentativa de renová-lo, viu-se enleado em procedimentos estranhos à sua rotina administrativa. Desejoso na manutenção da distância cautelar optou pela transferência emergencial das suas atividades para outro endereço para que pudesse dar cabo aos cursos que estavam em andamento. Na apatia das nossas lideranças e na indisposição para a polêmica anunciou a despedida definitiva da unidade operativa da cidade. O governo municipal tratava o assunto com desinteresse notório. Provavelmente, devia classificar a unidade educacional como obra herdada do ex-prefeito. Por força do raciocínio reinante: o criador é que deveria embalar a cria. Do outro lado, Barroz Munhoz deixava a água rolar, não empenhava a energia costumeira. Talvez esperasse creditar o ônus da perda ao governo desafeto. Outras lideranças não cacifadas, meio atabalhoadas, esperneavam, sem sucesso.   

Nesse imbróglio, Luis Natalino Paganini, recém empossado na ACEI, ainda colocando ordem na sua mesa de trabalho, pelo desassossego, inconformado, partiu para uma briga que não era necessariamente sua. Buscou maiores informações. Procurou a gerente da unidade local do SENAC e, singelamente, lhe perguntou: quem é a pessoa que pode resolver essa parada? Recebeu uma resposta de quem já não mais acreditava em milagres: procure o gerente regional, eis o telefone e o endereço. Paganini, de imediato, fez o contato. Agendou uma entrevista e compareceu no horário combinado. Novamente, bem recebido, apresentou-se e Interou-se da situação de forma mais detalhada. Ouviu comentários fortes e decisões desanimadoras. Na despedida pediu mais uma semana de prazo. Ganhou a pedida e a confiança do interlocutor.

No dia seguinte, contra o relógio, buscou todas as possibilidades de imóveis que a área central da cidade oferecia. Sabia que o comodato entre a prefeitura e o centrão estava por um fio e que as obras previstas não seriam realizadas no período combinado. Tal situação, para muitos, era um complicador a mais. Para Paganini, uma ponta de esperança. Reuniu-se com Devaldo Cescon, Toninho Bellini, Barros Munhoz, Ariovaldo Maniezo... Com todos que pudessem se apresentar como parcela de soma. Conseguiu a união desejada. Construiu uma pauta proativa. Enfrentou, como esperado, restrições de naturezas diversas e intolerâncias indigestas, mas não desanimou: eis o SENAC, aqui, por mais 30 anos.

Onde está, de fato, o mérito de Paganini? Está na sua capacidade conciliatória. No desejo de buscar o benefício da cidade, independentemente do saldo a receber. Na humildade em partilhar com todos os louros da empreitada. No reconhecimento das suas limitações ao arregimentar apoio e colaboração. No espírito cooperativo que descaracterizou opositores e situacionistas e priorizou o objetivo comum. Na eficácia e na simplicidade do fazer o que deveria ser feito, desbastando os pelos que apareciam, eventualmente, no ovo.

É assim que se faz! Ao Mestre cabe o ensinamento
Fonte: Nino Marcatti

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