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Itapira, 28 de Mar�o de 2024
Artigo
18/12/2011 | Vou lhe contar: ando muito assustado!

Não faz muito tempo, a palavra câncer só era pronunciada para referir-se à constelação que se parece com um caranguejo.

Poucos ousavam falar, em voz alta, o nome da enfermidade que faz as células doentes atacar e se infiltrarem nas sadias, cujos tentáculos, também, são semelhantes ao caranguejo. Os diagnósticos públicos eram insignificantes.

Sabemos que dentre as principais causas de câncer estão: a predisposição genética, os hábitos alimentares, o estilo de vida e as condições ambientais. Salvo os casos de família, as demais causas podem ser reduzidas por ação individual do interessado, pelo senso coletivo e pelos poderes constituídos.
 
Itapira, nos últimos anos, a palavra câncer, como doença, foi banalizada, atingindo todas as faixas etárias em número crescente. Talvez a mesma coisa esteja ocorrendo noutras cidades. Mas que cada um cuide do seu lugar. Juntos, cuidaremos do mundo. Não é mesmo?
 
O crescimento das mortes causadas pela “doença feia” associado aos fatores aparentes, abaixo elecandos, é mais do que suficiente para deixar qualquer itapirense vivo, com a pulga atrás da orelha, também. Quer ver?
 
As queimadas em plantações de cana-de-açúcar trazem riscos à saúde dos trabalhadores do setor, por causa de compostos cancerígenos presentes na fumaça liberada no processo de queima. Estudos da Universidade Estadual Paulista apontaram aumento de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos - componentes altamente cancerígenos - no organismo de cortadores de cana e no ar das imediações dos canaviais, durante a época de safra da planta.
 
E a gente achava que o grande problema das queimadas era os “carvãozinhos” que sujavam as nossas áreas livres e as roupas dos varais.
 
Numa entrevista recente com Tatão Avancini e Odete Mello (disponível no Portal Cidade de Itapira) foi dito que a água coletada pelo SAAE, além dos compostos orgânicos, contempla metais pesados oriundos das fundições rio acima; cloreto do vinhoto e agrotóxicos. O assustador é que o serviço de tratamento de água, apesar de eficiente na purificação, não livra o nosso precioso líquido de todos os intrusos cancerígenos recebidos no seu leito.
E a gente que pensava que consumíamos água livre de todas as impurezas.
 
Estudos confirmam que as populações que vivem em uma pequena área exposta à radiação – antenas de celular, internet etc. - têm maior probabilidade de desenvolver um câncer. Tal radiação provoca aquecimento nas células e tem efeito acumulativo no organismo. Itapira está ganhando antenas, freneticamente. Muitas têm sido instaladas sem projetos técnicos, nem apuração da radiação emitida. Algumas chegaram a ser montadas sobre caixas d’água, sem que se saiba, exatamente, dos malefícios que essa instalação poderá causar à saúde pública.
 
E a gente que ficava feliz com a modernidade, sem saber que ondas invisíveis, em alta frequência, rondavam as nossas cabeças e os nossos líquidos.
 
A prevenção geral depende da sociedade. Ao poder executivo só lhe resta cumprir a lei e fiscalizar.
 
Para resolver o problema das queimadas, basta não usar esse recurso. Espera-se que os empresários, do setor, se apressem.
 
Pois a culpa indireta das mortes antecipadas poderá manchar-lhes a história.
 
Para reduzir os problemas da nossa água, além da conscientização dos moradores, agricultores e empresas ribeirinhas, recompor a mata ciliar.
 
Para acomodar as antenas longe dos prováveis malefícios, seguir os estudos técnicos e as normas existentes. Na duvida é preferível abrir mão do conforto, a abrir mão da vida. 
 
Quem usa, cuida!
Fonte: Nino Marcatti

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