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Itapira, 30 de Abril de 2024
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22/09/2012 | Condema quer acompanhar de perto processos de “compensações”

Depois da repercussão provocada pela forma pouco transparente que dois pés de jatobás foram erradicados na Vila Kennedy num terreno onde será erguido um empreendimento imobiliário, cujo caso foi relatado na edição do último dia 15 de setembro do Jornal A Cidade, o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema), decidiu em reunião realizada na terça-feira, dia 18, que o órgão vai acompanhar de perto a execução de todas as compensações previstas pela legislação ambiental em casos iguais a este.
 
Segundo o empresário José Humberto Marcati, o Nino, representante das escolas particulares dentro do Conselho, este tipo de ação é uma das atribuições legais do órgão. “Entendemos que é nossa obrigação usar desta prerrogativa para que haja maior transparência na execução destas medidas”, assinalou.
 
Quando os jatobás foram derrubados em julho, conforme o processo apresentado, a ação foi respaldada pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (SAMA). O Secretário Joaquim Barbosa Junior (também ele membro do Condema) disse que após examinar laudo feito pela assessoria técnica da sua pasta decidiu pelo corte, por considerar que as árvores ofereciam risco de queda e também devido a queixas que segundo ele eram feitas por moradores vizinhos. Alguns dos Conselheiros entenderam que a atitude mais correta teria sido notificar o Condema, a exemplo de casos anteriores, a respeito desta decisão, pois o apresentado no laudo não justificaria o corte das árvores. Barbosa Junior se defendeu alegando que se todos os procedimentos de corte de árvores necessários tivessem que ter passar pelo crivo do órgão “não faria mais nada”. Os responsáveis pelo empreendimento argumentam que já providenciaram as compensações devidas com o plantio de seis mudas em terreno particular, o que, segundo Nino Marcati está em conformidade com a legislação, que permite corte de árvores não imunes, desde que se faça a devida compensação, porém o Condema proporá mudanças na legislação, exigindo protocolo formal e aumento nas unidades de plantio.
 
Pouco Caso
 
Segundo ele, o que de mais didático a polêmica em torno do assunto acabou deixando, foi a percepção de que a Prefeitura trata o Condema com aparente pouco caso. Ele listou uma série de assuntos que segundo sua convicção acabaram sendo deliberados em reuniões do Condema e que foram ou estão sendo ignorados pela Prefeitura. “Estamos encaminhando ao Ministério público um relatório a respeito destas desavenças”, revelou. Entre as acusações de pouco caso tem até uma suposta supressão de artigos que teriam sido deliberadamente tolhidos do projeto original do Código Ambiental do Município aprovado em setembro do ano passado pela Câmara Municipal. “Quando demos conta alguns artigos que constavam do texto original simplesmente tinham desaparecidos”, acusou.
 
Reunião ocorreu na terça-feira na Casa da Cultura
 
 
 
Empresário tenta intimidar Jornal A Cidade
 
O empresário do setor de seguros Luiz Hermano Colferai, o Mano, idealizador do empreendimento imobiliário que será construído na Vila Keneddy, usou esta semana de uma tentativa de intimidação contra Renato Silva, diretor-proprietário do Jornal A Cidade expressando sua contrariedade pelo fato do jornal ter trazido o assunto dos jatobás à tona. Silva disse que entre outros termos Mano afirmou que o Jornal Cidade pratica “jornalismo marrom”, além de outros impropérios dirigidos a colaboradores do mesmo. O destempero do empresário ocorreu na tarde de segunda-feira, 17, em frente à sede da empresa Softvídeo, de propriedade de Silva.
 
Silva disse que tentou argumentar com o empresário que a matéria havia sido feita com base numa constatação de que muitas pessoas se queixaram do sumiço das árvores e que em momento algum o jornal fez qualquer menção que colocasse em dúvida os procedimentos adotados pelo proprietário do terreno, restringindo-se a reportar os fatos. “A matéria foi muito bem elaborada, dando espaço a todas as partes envolvidas na questão, inclusive a empresa do senhor Mano Colferai”, afirmou Silva. Ele lembrou que quando procurado, o escritório de Mano colocou para falar sobre o assunto uma pessoa que se identificou como Paulo Penteado, o qual, afirmou que era um dos responsáveis pelo empreendimento. Penteado explicou como foi feita toda a tramitação, expressando, inclusive, um tom de contrariedade com o corte das árvores, tudo isso relatado pelo jornal: “Pelo jeito o senhor Mano Colferai não deve ter lido atentamente a reportagem, ou talvez, instigado por outras pessoas, tenha se arvorado no direito de vir até a porta da minha empresa dizer impropérios. O que foi publicado é aquilo que de fato ocorreu e não mudamos uma linha. Se ele se achou lesado, que tome as medidas que achar cabíveis, mas sugiro que se abstenha de usar formas de intimidação desta espécie, pois este tipo de comportamento, felizmente, está caindo em desuso aqui na cidade”, defendeu-se.
 
 
Fonte: Da Redação do PCI

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