"Recebemos informações hoje de que Gaddafi começou a armar o que chama de 'voluntários' para combaterem a oposição", afirmou Gortney, durante uma entrevista coletiva à imprensa.
"Não estou certo de que sejam realmente voluntários e não sei quantos ele vai conseguir recrutar, mas considero revelador que julgue necessário buscar reforços entre os civis", acrescentou.
As operações aéreas foram intensificadas nas últimas 24 horas, com 153 missões, principalmente para proteger as populações civis alvejadas pelas forças líbias.
O Exército líbio está consideravelmente enfraquecido, de acordo com o vice-almirante.
"Gaddafi quase não tem mais defesa antiaérea e tem apenas uma capacidade reduzida de comandar e de apoiar suas tropas em terra. Sua aviação não pode mais voar, seus navios permanecem no porto, seus depósitos de munições continuam a ser destruídos, as torres de comunicação foram abatidas, seus bunkers de comando foram inutilizados", disse Gortney.
Ele completou dizendo que os Estados Unidos estão “usando todas as possibilidades para cortar o contato entre a liderança líbia em Trípoli e as tropas leais a Gaddafi em terra”.
Nesta sexta-feira, os aviões do Catar iniciaram sua participação na coalizão, em conjunto com aeronaves francesas, informou o Ministério de Defesa da França.
"Trata-se da primeira contribuição aérea de um país da Liga Árabe como parte das operações multinacionais na Líbia", disse o Ministério em nota oficial.
Dois caças Mirage 2000-5 participaram em conjunto com outros dois franceses de uma "missão de proibição" do espaço aéreo, acrescentou. Segundo fontes francesas, o Catar deve destinar seis aviões às operações na Líbia.
Os aviões decolaram da base aérea grega de Sue, na ilha de Creta, para onde "em breve" chegarão novos aviões catarianos, assinalou o Ministério da Defesa francês.
Em sua primeira missão, as aeronaves catarianas não efetuaram disparos e estavam equipadas apenas com armas de defesa antiaérea.
Nos próximos dias, estima-se que sejam incorporados à missão aviões dos Emirados Árabes Unidos, que prometeu contribuir com 12 caças na operação na Líbia, seis F-16 e seis Mirage.
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