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Itapira, 29 de Abril de 2024
Notícia
01/09/2014 | Brigadistas da Usina travam luta sem trégua para conter focos de incêndio

Na edição de sábado, 23, o jornalo A Cidade mos­trou a dramática situação da equipe da Defesa Civil que precisa fazer contor­cionismo para dar conta de tantos focos de incêndio que surgem nesta época do ano. No âmbito da iniciativa privada, pelo menos uma empresa da cidade se vê às voltas com um desafio muito parecido.

A Usina Nossa Senhora Aparecida vem mobilizando um efetivo de pelo menos 20 brigadistas para debe­lar focos de incêndio que atingem suas propriedades. A grande maioria destes incêndios são de origem criminosa.

No domingo, 24, uma área superior a 30 hectares foi totalmente incendiada na Fazenda Sant’Ana, em Mogi Guaçu. Pela vicinal Mogi Guaçu-Itapira, é possível ver a dimensão do estrago. O engenheiro agrônomo André Branquinho, gerente agrícola da usina, disse que incêndio de causas naturais é muito raro. Ele pede co­laboração das pessoas para que denunciem alguém que esteja agindo de forma sus­peita. Disse que nos dois últimos meses os prejuízos materiais causados pelos incêndios superam a casa dos R$ 500 mil. “Pior do que o prejuízo material é o prejuízo ambiental. Todo o esforço que realizamos no sentido de patrocinar medidas que contribuam para a revitalização de áreas degradadas literalmente acabam virando fumaça”, criticou.

O brigadista José Carlos Panissola, 52, dirige um dos seis caminhões utilizados para combate a incêndios. Desde 95 na função, conta que não se lembra de uma estiagem tão brava. “Além da estiagem, tem ventado bastante. Isso torna a situ­ação quase que incontro­lável”, avalia. Ele ajudou a apagar o incêndio na Fazenda Sant’Ana e revelou que uma testemunha viu uma pessoa ateando fogo ao lado da rodovia. “As pessoas têm que ter um mínimo de consciência” cobra. Panissolla lembra que a empresa leva seus brigadistas até mesmo em cidades mais distantes como Ouro Fino e Monte Sião, em Minas Gerais. “Na colheita mecânica te­mos sempre um caminhão acompanhando o trabalho para que não haja qualquer anormalidade. O problema é quando surgem focos de incêndio em mais de uma área ao mesmo tempo. A situação se torna compli­cada quando isso ocorre”, reafirmou.

Sua indignação maior é com relação á falta de informação da maioria das pessoas. Disse que viu nas redes sociais muitos co­mentários culpando a em­presa pelos incêndios. “Até mesmo naquele acidente feio da semana passada na rodovia Jamil Bacar teve gente comentando que o terrenos em chamas era da usina. Nada a ver. Fico muito triste com estes comentá­rios porque estas pessoas simplesmente ignoram a realidade”, lamentou.

Equipes tem se desdobrado para dar conta dos vários registros

 

 Panissola pede ajuda das pessoas

 

 Intervias diz que reforça advertência a motoristas 

A Intervias, a concessionária que administra as rodovias SP- 352 (Itapira-Jacutinga) e SP- 147 (Itapira-Mogi Mirim) informou por meio de sua assessoria de comunicação que está atenta ao aumento das ocorrências por causa das queimadas em beira de rodovias. Na quarta­-feira, 20, um dos motivos do grave acidente na SP-157, o Anel Viário Jamil Bacar, que envolveu 27 veículos e deixou um saldo de seis mortos, foi a presença de fumaça de um ter­reno que queimava às margens da rodovia que se misturou à neblina, deixando a visibilidade no local próxima a zero.

Segundo a assessoria de comunicação, a Intervias realiza o monitoramento permanente dos pontos de ocorrência de neblina nas rodovias que ad­ministra. Sobre as causas do acidente do dia 27 de agosto, a empresa considerou que ocorreu uma situação atípica. “É incomum a presença de neblina no anel viário Jamil Bacar e a situação registrada no último dia 20 é considerada atípica. A principal causa da falta de visibilidade no momento do acidente foi um incêndio em uma propriedade particular próxima à rodovia”, registrou. Ainda conforme a empresa, desde o começo do ano, a In­tervias registrou 302 focos de incêndio na área de concessão, sendo que 20 aconteceram na SPI-157/340.

 

Anualmente a Intervias apoia a “Operação Corta Fogo” da Secretaria Estadual do Meio Ambiente veiculando mensa­gens nos painéis eletrônicos das rodovias no período entre junho e agosto. As mensa­gens alertam os motoristas para o risco de queimadas provocadas pelo descarte de bitucas de cigarro e informam o telefone para contato da Intervias, 0800 707 1414, caso o usuário aviste algum foco de incêndio. A concessionária argumenta ainda que realiza podas periódicas da grama nos canteiros laterais e central e orienta os proprietários às margens das rodovias a fazer o acero próximo à cerca limite. Usando dados da Secretaria do Meio Ambiente, a empresa alega ainda que o número de focos de queimadas no Estado de São Paulo no mês de julho foi 90% maior que em julho do ano passado, sendo que no ano este aumento totaliza 107%.
Fonte: Da Redação do PCI

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