Caricatura, segundo o dicionário, é um desenho, pintura satírica ou grotesca de uma pessoa. Meio pelo qual, o caricaturista faz uma deformação grotesca e exagerada de certos defeitos. Historicamente a palavra caricatura vem do italiano caricare (carregar, no sentido de exagerar, aumentar algo em proporção). A caricatura é a "mãe" do expressionismo.
Mas falando agora como caricaturista de longa data, que atua nessa área já há vinte anos, descobri que nem só de defeitos se faz uma boa caricatura. Em poucos traços, um bom caricaturista “pega” até a personalidade da pessoa. Existe também a caricatura ilustrativa, tipo cartoon, onde o traço fica mais ameno e delicado, agradando bastante o caricaturado. Exemplos dessa linha de caricatura, são os desenhos clássicos como: Penélope Charmosa, o Bond Boca do comercial da Cepacol, os heróis e princesas dos desenhos da Disney,etc. Até o Concunda de Notre Dame e o monstro de “ A Bela e a Fera, ficam simpáticos nesse estilo, e não deixam de expressar o seu charme mesmo sendo caricaturas de pessoas.
Eu não gosto muito dessa idéia de que a caricatura “ aumenta os defeitos” prefiro dizer: “a caricatura ressalta as características físicas e pessoais de cada um“ que pode, ser defeitos ou não: O que vou caricaturar nessa pessoa? um defeito físico ou um defeito de caráter? (que ruim, hein?) Já sei! vou exaltar os belos cílios dos olhos dessa moça e o seu sensual jeitinho levantar os ombros, ou então: Vou desenhar esse cara rindo com a mão na cabeça, já que ele não quer que a sua careca saia no desenho...
Quanto a esta caricatura do Zé Mayer, ela esteve esposta em vários Salões de Humor, inclusive o Salão Internacional de Humor de Piracicaba. Ela é muito divulgadana internet, o motivo, é a fama do ator de “pegador” vivido por seus personagens nas telenovelas. Isso lhe rendeu muitas brincadeiras na internet como: “50 verdades sobre José Mayer” e “ José Mayer O Chuck Norris Brasileiro”.
Eu, é claro, fico muito contente e realizado de ver meu desenho ilustrando e divertindo tantas pessoas nesse âmbito, só peço para não esquecerem de colocar meu nome nos créditos,hein!
Mas tem uma ressalva! Isso tudo, acredito, serve para as caricaturas de praças e eventos, onde o profissional caricaturista lida com as diversas susceptibilidades das pessoas que lhe vão pagar. Quando o negócio é para Salões de Humor , artigos de politíca e críticas sociais, aí o bicho pega! Deve surgir o lado “negro da força” e geralmente, o que conta é a audácia, “a crueldade” , a perspicácia e acima de tudo, a originalidade do artista.
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